Para o gestor, é preciso aprimorar o trabalho de gestão de forma criativa e inovadora, compartilhar experiências e refletir como o Brasil vem caminhando desde 1988 com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), não somente avaliando as experiências vitoriosas, mas também decidindo quais são as próximas definições para a área da saúde. “Quanto mais honesto e menos contaminado por radicalismos políticos e ideológicos for esse debate, melhor para o caminho do SUS que faz tanto pelo povo brasileiro, mas que ainda é visto com crítica”.
Sobre as políticas realizadas na gestão, Roberto Cláudio destacou algumas experiências de sucesso, como a Central de Medicamentos e a gestão da rede UPA (Unidades de Pronto Atendimento) em parceria com o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), além do novo modelo de protocolos e integração de leitos hospitalares. “Tudo isso é avanço, mas tratando da gestão e do financiamento do sistema, é preciso aprofundar o debate nacional sobre as prioridades, para onde o dinheiro deve ir e como deve ser gasto”, finalizou.
Segundo o Diretor-Presidente do ISGH, Flávio Deulefeu, o evento objetivou trazer experiências exitosas de fora do Ceará, com a participação de instituições validadas que pudessem debater a melhoria da gestão. Dentre outras entidades, a ocasião reuniu representantes instituições nacionais e internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Pan Americana da Saúde (OPAS).
Flávio avalia Fortaleza como uma importante vertente da saúde a nível nacional, cujo destaque se dá, principalmente, pela inovação em relação ao estado do Ceará. “Nós mostramos resultados em relação à melhora da qualidade, em redução de riscos de infecção e a cidade está de parabéns por tentar melhorar cada vez mais a saúde da população, eu acho que isso é fundamental”, elogiou.
Fortaleza e ISGH
Conforme a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Joana Maciel, em Fortaleza, o atual contrato da Prefeitura com o ISGH garante a prestação de serviços como contratação de pessoal, aquisição de insumos e manutenção de equipamentos, por exemplo, permitindo aos gestores trabalhar a estratégia da saúde e os macro indicadores. A parceria é feita por meio de contratos de gestão que possui metas muito bem pactuadas, e o acompanhamento é feito de maneira criteriosa.
Para ela, a parceria entre a Prefeitura de Fortaleza e o ISGH é uma inovação no Brasil e o atual modelo de gestão tem obtido excelentes resultados. “Você tira de cima do serviço público a atividade-meio, que passa a ser gerida por uma organização social, e com isso a população se beneficia”, explica.
