24 de June de 2021 em Juventude

Projeto artístico selecionado em edital na Finlândia é desenvolvido com jovens da Rede Cuca

Alunos do grupo de dança do Cuca Mondubim integram imersão com a bailarina cearense Elisa Parente e participarão de uma mostra ao fim do projeto


um grupo de pessoas dançando em um palco
"Vetin" foi um dos espetáculos apresentados pelo Grupo de Dança da Rede Cuca Mondubim

O grupo de dança da Rede Cuca Mondubim participa do Projeto de Orientação à Investigação Artística (Poia), que visa orientar os jovens para o desenvolvimento de projetos pessoais ou colaborativos. Concebido e dirigido pela jornalista e bailarina cearense Elisa Parente, o Poia é um dos oito projetos selecionados pelo edital “Searching for a Job”, traduzido para o português, “Procurando por um Emprego”, da instituição finlandesa Kone Foundation.

O projeto de Elisa foi um dos escolhidos entre mais de dois mil participantes, sendo a única não finlandesa selecionada. O edital proposto pelos artistas finlandeses Juhani Haukka e Lauri Mattila tem como finalidade desenvolver ideias que sejam “trabalho dos sonhos” para os realizados. “A ideia de selecionar oito projetos é da equipe da Finlândia, que ganhou um edital da Kone Foundation, e o Poia é um desses oito. Eles me passaram que a ideia do ‘Searching for a Job’ é ressignificar o trabalho, as relações entre trabalho e vida, o equilíbrio entre o que o trabalhador recebe e o quanto deve produzir”, explica Parente.

Como nasceu o Poia

Em dezembro de 2019, Elisa, que vivia na Espanha, esteve em Fortaleza e, em busca de uma programação cultural, recebeu a indicação para assistir ao espetáculo “Benção”, do grupo de dança da Rede Cuca, no teatro do Cuca Mondubim. Antes de começar o espetáculo, foi convidada para uma visita guiada no equipamento e ficou encantada com as atividades que aconteciam no local.

Elisa relembra que a sensação antes e depois de assistir ao espetáculo foi transformadora. “Cheguei ao Cuca com uma amiga e uma monitora nos convidou a fazer uma visita guiada. Era tanta vida que, mesmo antes de começar o espetáculo, aquilo foi me alimentando. E o 'Benção' esteticamente, já é um espetáculo lindo, mas os meninos passaram uma energia para mim que foi transformadora”.

Em 2020, Elisa mudou para Portugal e, durante o período de isolamento social devido à pandemia de Covid-19, uma amiga enviou o link do edital “Searching for a Job”. Naquele momento desempregada, Elisa começou a pensar qual seria seu trabalho dos sonhos e lembrou a experiência de meses antes na Rede Cuca e pensou: “eu quero trabalhar com os meninos do Cuca Mondubim”.

Após o resultado da seletiva, Elisa entrou em contato com a Rede Cuca e fechou a parceria para realizar o projeto.

Desenvolvimento e experiências do projeto

Os jovens do grupo de dança são instigados a produzir suas pesquisas a partir dos módulos e temas que envolvem oficinas, workshops e apresentação de processo demandados pelos próprios jovens. Além da orientação, os participantes recebem uma bolsa artística para desenvolver projetos individuais ou colaborativos. A imersão tem duração de dois meses e ocorre virtualmente e presencialmente nos Cucas Barra, Mondubim, Jangurussu e José Walter até 30 de julho.

O artista urbano e professor de dança da Rede Cuca Jorge Luiz, mais conhecido como Loly Pop, vem acompanhando o processo e comenta sobre a oportunidade. “Para nós, está sendo uma experiência muito enriquecedora, justamente pelo formato. Não é um formato de entrega de processos, de finalizar um produto. É muito mais sobre o discurso de produzir, então requer uma disciplina, uma autonomia muito instigante”, diz.

Para Elisa, a conexão com os jovens é uma experiência e fase importantes na sua vida e tem sido um respiro para o momento de pandemia. “Eu vejo que num momento em que ainda vivemos essa pandemia, o Poia veio pra dar um respiro para nós todos. Alguns deles já têm a ideia mais concreta, outros ainda estão numa etapa mais inicial, mas eu senti uma confiança e uma conexão de todos que tem feito desse projeto um dos mais importantes da minha vida”, compartilha.

Ao final do percurso, será realizada uma mostra com os resultados do projeto. Também estão sendo produzidas imagens e vídeos sobre os trabalhos com o grupo de dança. As imagens estão sendo captadas durante as formações e serão enviadas para os diretores do projeto na Finlândia para ser feita uma curadoria e edição para lançar uma exposição coletiva com os oito projetos selecionados.

O lançamento deve acontecer no The Finnish Labour Museum Werstas, na cidade de Tampere, Finlândia. A estreia está prevista para o dia 23 de setembro, devendo permanecer em cartaz por um ano.

Laboratório

Nesta sexta-feira (25/06), das 14h às 17h, no Cuca Barra, vai acontecer mais um laboratório do projeto, com a presença da Elisa e do professor Loly Pop.

Sobre o grupo de dança da Rede Cuca Mondubim

O grupo já apresentou os espetáculos "Afrodizia", "Idem", "Vetin" e, por último, "Benção". Semestralmente, é realizada uma seleção para novos integrantes.

Antes da pandemia, o grupo de dança contava com uma rotina de duas aulas semanais. No entanto, quando estão se preparando para apresentações em festivais e grandes eventos, os ensaios passam a acontecer até quatro vezes por semana, contando com três horas de ensaio, cada encontro.

Projeto artístico selecionado em edital na Finlândia é desenvolvido com jovens da Rede Cuca

Alunos do grupo de dança do Cuca Mondubim integram imersão com a bailarina cearense Elisa Parente e participarão de uma mostra ao fim do projeto

um grupo de pessoas dançando em um palco
"Vetin" foi um dos espetáculos apresentados pelo Grupo de Dança da Rede Cuca Mondubim

O grupo de dança da Rede Cuca Mondubim participa do Projeto de Orientação à Investigação Artística (Poia), que visa orientar os jovens para o desenvolvimento de projetos pessoais ou colaborativos. Concebido e dirigido pela jornalista e bailarina cearense Elisa Parente, o Poia é um dos oito projetos selecionados pelo edital “Searching for a Job”, traduzido para o português, “Procurando por um Emprego”, da instituição finlandesa Kone Foundation.

O projeto de Elisa foi um dos escolhidos entre mais de dois mil participantes, sendo a única não finlandesa selecionada. O edital proposto pelos artistas finlandeses Juhani Haukka e Lauri Mattila tem como finalidade desenvolver ideias que sejam “trabalho dos sonhos” para os realizados. “A ideia de selecionar oito projetos é da equipe da Finlândia, que ganhou um edital da Kone Foundation, e o Poia é um desses oito. Eles me passaram que a ideia do ‘Searching for a Job’ é ressignificar o trabalho, as relações entre trabalho e vida, o equilíbrio entre o que o trabalhador recebe e o quanto deve produzir”, explica Parente.

Como nasceu o Poia

Em dezembro de 2019, Elisa, que vivia na Espanha, esteve em Fortaleza e, em busca de uma programação cultural, recebeu a indicação para assistir ao espetáculo “Benção”, do grupo de dança da Rede Cuca, no teatro do Cuca Mondubim. Antes de começar o espetáculo, foi convidada para uma visita guiada no equipamento e ficou encantada com as atividades que aconteciam no local.

Elisa relembra que a sensação antes e depois de assistir ao espetáculo foi transformadora. “Cheguei ao Cuca com uma amiga e uma monitora nos convidou a fazer uma visita guiada. Era tanta vida que, mesmo antes de começar o espetáculo, aquilo foi me alimentando. E o 'Benção' esteticamente, já é um espetáculo lindo, mas os meninos passaram uma energia para mim que foi transformadora”.

Em 2020, Elisa mudou para Portugal e, durante o período de isolamento social devido à pandemia de Covid-19, uma amiga enviou o link do edital “Searching for a Job”. Naquele momento desempregada, Elisa começou a pensar qual seria seu trabalho dos sonhos e lembrou a experiência de meses antes na Rede Cuca e pensou: “eu quero trabalhar com os meninos do Cuca Mondubim”.

Após o resultado da seletiva, Elisa entrou em contato com a Rede Cuca e fechou a parceria para realizar o projeto.

Desenvolvimento e experiências do projeto

Os jovens do grupo de dança são instigados a produzir suas pesquisas a partir dos módulos e temas que envolvem oficinas, workshops e apresentação de processo demandados pelos próprios jovens. Além da orientação, os participantes recebem uma bolsa artística para desenvolver projetos individuais ou colaborativos. A imersão tem duração de dois meses e ocorre virtualmente e presencialmente nos Cucas Barra, Mondubim, Jangurussu e José Walter até 30 de julho.

O artista urbano e professor de dança da Rede Cuca Jorge Luiz, mais conhecido como Loly Pop, vem acompanhando o processo e comenta sobre a oportunidade. “Para nós, está sendo uma experiência muito enriquecedora, justamente pelo formato. Não é um formato de entrega de processos, de finalizar um produto. É muito mais sobre o discurso de produzir, então requer uma disciplina, uma autonomia muito instigante”, diz.

Para Elisa, a conexão com os jovens é uma experiência e fase importantes na sua vida e tem sido um respiro para o momento de pandemia. “Eu vejo que num momento em que ainda vivemos essa pandemia, o Poia veio pra dar um respiro para nós todos. Alguns deles já têm a ideia mais concreta, outros ainda estão numa etapa mais inicial, mas eu senti uma confiança e uma conexão de todos que tem feito desse projeto um dos mais importantes da minha vida”, compartilha.

Ao final do percurso, será realizada uma mostra com os resultados do projeto. Também estão sendo produzidas imagens e vídeos sobre os trabalhos com o grupo de dança. As imagens estão sendo captadas durante as formações e serão enviadas para os diretores do projeto na Finlândia para ser feita uma curadoria e edição para lançar uma exposição coletiva com os oito projetos selecionados.

O lançamento deve acontecer no The Finnish Labour Museum Werstas, na cidade de Tampere, Finlândia. A estreia está prevista para o dia 23 de setembro, devendo permanecer em cartaz por um ano.

Laboratório

Nesta sexta-feira (25/06), das 14h às 17h, no Cuca Barra, vai acontecer mais um laboratório do projeto, com a presença da Elisa e do professor Loly Pop.

Sobre o grupo de dança da Rede Cuca Mondubim

O grupo já apresentou os espetáculos "Afrodizia", "Idem", "Vetin" e, por último, "Benção". Semestralmente, é realizada uma seleção para novos integrantes.

Antes da pandemia, o grupo de dança contava com uma rotina de duas aulas semanais. No entanto, quando estão se preparando para apresentações em festivais e grandes eventos, os ensaios passam a acontecer até quatro vezes por semana, contando com três horas de ensaio, cada encontro.