A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) promove, neste sábado (15/07), o curso de pilotagem segura para scooteristas. A capacitação será realizada de 8h às 11h na sede do órgão (Av. Desembargador Gonzaga, 1630 – Cidade dos Funcionários) e beneficiará um grupo de 15 mulheres.

“O veículo tem se popularizado cada vez mais pela praticidade, mas requer treinamento específico para uma maneabilidade com segurança em vias urbanas”, destaca André Luís Barcelos, gerente de Educação para o Trânsito da AMC.

A capacitação será dividida em dois momentos com aulas teóricas e práticas. O objetivo é aprimorar técnicas de pilotagem e desenvolver habilidades na condução segura de scooters para enfrentar qualquer situação no trânsito. Legislação, mecânica aplicada e noções de direção defensiva serão alguns dos módulos estudados.

Apesar de possuir o mesmo conteúdo de direção defensiva para motocicletas, a formação terá como diferencial o treinamento prático, especialmente na abordagem sobre frenagem de emergência.

“A scooter diferencia-se da motocicleta, pois possui mais peso na parte traseira, onde está localizado o motor. A postura também é diferente já que o condutor fica sentado e não montado, como numa motocicleta”, relata Marcos Antônio Silva, agente de trânsito e instrutor da AMC.

Por outro lado, as regras de pilotagem e comportamento no trânsito são as mesmas, sempre de acordo com o que prevê o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Para rodar, o veículo deve ter registro e licenciamento, bem como estar emplacado. O condutor deve utilizar a direita da pista de rolamento e não pode circular nas áreas de passeio, calçada, ciclovia ou ciclofaixa, além de vias de trânsito rápido, estando sujeitos às infrações previstas na legislação de trânsito.

Para conduzir uma scooter, o condutor deve ter mais de 18 anos e possuir Carteira Nacional de Habilitação (na categoria “A” para motos) ou Autorização para Conduzir Ciclomotor (ACC).

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Como parte das ações que incentivam a mobilidade ativa e reforçam a segurança viária, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), iniciou a implantação de ciclofaixa na Av. Engenheiro Agrônomo José Guimarães Duque. Com 1 km de extensão, a sinalização compreende o trecho da via localizado entre a Rua Marechal Lott e Av. Pedro Lazar.

A infraestrutura interligará os bairros Parque Iracema e Cambeba com duas estruturas: bidirecional entre a Rua Marechal Lott e a Av. Dep. Joaquim de Figueiredo Correia, e unidirecional em ambos os lados do canteiro central entre a Av. Deputado Joaquim de Figueiredo Correia e Av. Pedro Lazar.

Com essa nova implantação, Fortaleza passa a ter 421 km de malha cicloviária. “Nossa cidade é referência nacional em segurança viária e seguir com a política pública de incentivo à mobilidade ativa é uma forma de mostrar que, além do compromisso em salvar vidas no nosso trânsito, atuamos tendo como foco o estímulo a um modal econômico, saudável e sustentável”, destaca Priscila Diniz, coordenadora da Gestão Cicloviária da AMC.

Fortaleza é a capital brasileira onde as pessoas vivem mais próximas à infraestrutura cicloviária. De acordo com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil), 51% dos habitantes moram a menos de 300 metros de alguma ciclovia, ciclofaixa, ciclorrota ou passeio compartilhado.

Reconhecimento internacional ampliará investimentos em ciclomobilidade

No início de junho, a Bloomberg Philantropies anunciou que Fortaleza conquistou o primeiro lugar mundial em programa e receberá o investimento de 1 milhão de dólares em infraestruturas cicláveis. Ao todo, o Bloomberg Initiative for Cycling Infrastructure (Bici), em parceria com a Global Designing Cities Initiative (GDCI), selecionou 10 cidades de todo o mundo para participar da iniciativa, que prevê reforço na segurança para os ciclistas e mais conexões na malha cicloviária.

Com o financiamento, a capital cearense poderá implementar inovações na infraestrutura cicloviária existente e ainda terá assistência técnica na concepção de novas ciclovias e ciclofaixas pelos próximos três anos. As outras cidades contempladas foram Adis Abeba, na Etiópia; Bogotá, na Colômbia; Lisboa, em Portugal; Milão, na Itália; Mombaça, no Quênia; Pimpri-Chinchwad, na Índia; Quelimane, em Moçambique; Tiranam na Albânia; e Wellington, na Nova Zelândia.

A conquista também fez de Fortaleza a única cidade brasileira selecionada pelo Bici. Com o investimento, serão adicionados 180 quilômetros de sinalização cicloviária e a Capital alcançará a marca de 600 quilômetros até junho de 2026.

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Como parte da intensificação de ações de prevenção de acidentes com severidade e mortes, previstas no Maio Amarelo, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) promove novos cursos de pilotagem segura voltados para motociclistas. A nova etapa das formações será realizada nesta quarta e quinta-feira (17 e 18/05), a partir de 14h, na sede do órgão.

Apresentada em aulas teóricas e práticas, a capacitação gratuita tem como princípio conscientizar sobre um trânsito mais seguro a partir do respeito às normas de circulação e desenvolvimento de técnicas e habilidades de direção defensiva. Estes usuários são historicamente os mais vulneráveis no trânsito de Fortaleza e correspondem a metade das mortes registradas nas vias.

“Os nossos instrutores vão apresentar os fatores de risco e condutas inadequadas com o intuito de promover a mudança de comportamento dos condutores. Além disso, eles sairão preparados para reagir diante de qualquer situação adversa que possa surgir nos deslocamentos diários”, enfatiza Antonio Ferreira Silva, superintendente da AMC.

O corpo de instrutores da AMC é composto por agentes de trânsito com experiência em formação de motociclistas operacionais e batedores do órgão e de instituições parceiras, como Guarda Municipal de Fortaleza (GMF) e Exército Brasileiro.

“As aulas práticas serão realizadas na pista de treinamento localizada na sede da AMC, com exercícios que potencializam a maneabilidade da motocicleta em manobras de curvas, utilização correta dos freios, frenagem de emergência e trânsito em zona urbana”, explica André Luís Barcelos, gerente de educação para o trânsito do órgão.

O curso também vai apresentar o cenário de Fortaleza sobre mortos e feridos que trafegam de motocicleta. Para novas formações, as inscrições são gratuitas e estão abertas no site da AMC.

Redução de mortes

Apesar dos motociclistas serem os mais vulneráveis no trânsito de Fortaleza, os números de mortes vêm caindo nos últimos anos entre estes usuários. Em 2022, ano em que a Cidade alcançou o oitavo ano consecutivo de redução de óbitos nas vias, 47% dos fatais ocorreram com condutores ou passageiros de motocicleta. No ano passado, foram 75 mortes, o que representa uma redução de 12,8% em relação aos 86 registrados em 2021 e de 24% aos 99 de 2020.

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sistema de iluminação de pedestre
Sistema capta presença humana e ilumina o pedestre até o fim da travessia (Foto: Daniel Calvet)

Referência nacional em mobilidade urbana e segurança viária, Fortaleza participa de projeto pioneiro que pode contribuir para a redução de acidentes de trânsito a partir de um sistema inteligente de iluminação dinâmica de pedestres. A iniciativa está em fase de pesquisa e testes por técnicos da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) em parceria com a empresa americana Intelligent Security Systems (ISS), responsável pela criação do sistema, o SecurOS Soffit.

Instalado no cruzamento da rotatória da Praça Portugal com a Av. Dom Luís, no bairro Aldeota, o SecurOS Soffit foi criado para ser um reforço à segurança da sinalização viária, especialmente em faixas de pedestres e cruzamentos semaforizados. A escolha do local se deve à intensidade do tráfego e circulação de veículos em curva, que pode afetar a visibilidade do condutor sobre o pedestre. No trecho, há também um semáforo veicular com estágio para pedestres.

"A responsabilidade no trânsito é compartilhada entre todos que estão nas vias. Enquanto a população faz a sua parte, respeitando as normas de circulação, devemos atuar enquanto Poder Público, implementando ações inovadoras, que podem reforçar a segurança viária e somar ao que temos desenvolvido nos últimos anos para reduzir acidentes e promover a mobilidade mais segura”, destaca Antônio Ferreira Silva, superintendente da AMC.

Como funciona

O sistema possui um conjunto de luzes que é acionado por inteligência artificial que identifica a presença humana em faixa de pedestres. A partir do movimento de passagem, a iluminação dinâmica é ativada lançando feixes de luz sobre quem caminha, do início à conclusão da travessia.

O sistema ainda pode iluminar de forma independente pedestres que transitam em sentidos opostos na faixa, aumentando a visibilidade de quem faz o percurso a pé e chamando a atenção do condutor.

Desenvolvido em caráter piloto, o sistema é alvo de pesquisa que está em fase inicial. “Nossa expectativa é que a iluminação dinâmica aumente significativamente a velocidade de resposta visomotora dos motoristas para que eles tenham a capacidade de frear a tempo e evitar atropelamentos”, afirma Lélio do Vale, coordenador da Central da Mobilidade para a Preservação de Vidas no Trânsito da AMC.

Tendo como foco a percepção do usuário sobre o sistema de iluminação dinâmica, o estudo também vai averiguar a sua eficácia em momentos de menor circulação.

“Durante a madrugada, por exemplo, motoristas podem dirigir mais cansados, o que pode afetar a visualização de pedestres. Vamos analisar se o sistema pode ser decisivo para alertar o condutor que existe alguém realizando a travessia em momentos de menor atenção”, destaca Lélio do Vale.

O sistema também registra o fluxo de pedestres e possui uma câmera acoplada, que permite monitorar e supervisionar como é desenvolvida a travessia, se na faixa ou fora dela.

Políticas de referência

Fortaleza foi escolhida para receber o projeto-piloto do SecurOS Soffit por se tornar referência nacional de segurança viária nos últimos anos. Em 2022, a capital registrou o oitavo ano consecutivo de redução de mortes no trânsito. Foram 158 óbitos nas vias da cidade, número 58% menor em relação ao do ano de 2014, no qual 377 pessoas perderam a vida.

Entre as políticas de mobilidade urbana implementadas destacam-se a readequação da velocidade para 50 km/h em ruas e avenidas com alta taxa de acidentalidade; as intervenções voltadas ao pedestre como travessias elevadas, extensão de calçadas, esquina segura, praças vivas e áreas de trânsito calmo, com a moderação de vias com velocidade máxima de 30 km/h; faixas de retenção para motocicletas; além da ampliação da rede cicloviária e das faixas exclusivas de ônibus.

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A Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) capacita, neste sábado (18/03), instrutores técnicos de autoescolas com o intuito de reforçar a preparação de novos condutores, especialmente os motociclistas, que correspondem a quase metade das mortes nas vias da cidade. A formação inédita será realizada em parceria com o Sindicato das Autoescolas do Estado do Ceará (SINDCFCS-CE) na sede da AMC, de 8h às 12h.

A capacitação tem como objetivo reforçar a formação sobre segurança no trânsito dos cursos promovidos pelas autoescolas e, como consequência, aprimorar a preparação de motociclistas para o trânsito, reduzindo os acidentes com severidade e mortes em vias de Fortaleza.

Com instruções teóricas e práticas, os profissionais poderão se aprofundar em iniciativas que promovem a segurança viária na cidade, além de noções sobre pilotagem segura e defensiva, que preparem os motociclistas a lidar com qualquer situação adversa no ir e vir. Com esta qualificação, os instrutores aprimoram os conhecimentos necessários para o processo formativo dos condutores em processo de habilitação.

“Os instrutores técnicos de autoescolas desenvolvem um papel essencial na preparação de condutores mais conscientes e responsáveis no trânsito. O investimento na formação continuada destes profissionais poderá contribuir para redução das nossas estatísticas de mortes a partir do conhecimento e adoção de um comportamento mais seguro dos motociclistas que serão habilitados”, salienta André Luís Barcelos, gerente de educação para o trânsito da AMC.

Redução de mortes

Em 2022, ano em que Fortaleza alcançou o oitavo ano consecutivo de redução de mortes no trânsito, os motociclistas corresponderam a 47% dos óbitos nas vias. Apesar do número equivaler a quase metade das ocorrências, as mortes envolvendo ocupantes de veículos sobre duas rodas vêm caindo. No ano passado, foram 75 óbitos, o que representa uma redução de 12,8% em relação aos 86 fatais de 2021 e de 24% aos 99 registros de 2020.

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Para melhorar a segurança no trânsito e criar a cultura no cidadão de respeito às normas de circulação, a Prefeitura de Fortaleza abordou mais de 25 mil condutores em ações da Operação Lei Seca durante o ano de 2022. A fiscalização realizada pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) tem caráter preventivo, tendo em vista que o álcool é um dos principais fatores de risco no trânsito.

O balanço do órgão aponta que, do total, 978 condutores se recusaram a fazer o teste do etilômetro no ano passado; 110 deram positivo. Neste mês, as ações são intensificadas em virtude das férias e festas de pré-carnaval.

“Nosso objetivo é promover uma maior conscientização sobre os riscos de beber e dirigir, garantindo um ir e vir mais seguro. A atuação do nosso efetivo nas ruas já contribui para reduzir a prática da combinação inadequada entre álcool e direção, garantindo um ir e vir mais seguro”, destaca Antônio Ferreira, superintendente da AMC.

Fortaleza é referência, segundo OMS

As ações integradas de combate à prática de beber e dirigir em Fortaleza foram destaque em Manual da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado no ano passado. O documento, que fornece orientações para reduzir a prevalência de misturar álcool e direção, baseia-se na experiência de cidades que conseguiram alcançar a redução de traumas de trânsito relacionados à prática perigosa.

O manual destacou que os comandos operacionais e com ampla visibilidade da Lei Seca, desenvolvidos pela Prefeitura de Fortaleza em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária, colaboraram com a redução de 47,5% nas mortes atribuíveis a lesões no trânsito entre 2014 e 2019.

Efeitos do álcool

O álcool é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidentes de trânsito. A bebida alcoólica torna os reflexos mais lentos, diminui a vigilância e reduz a capacidade visual, o que contribui para acidentes com alto índice de severidade. Um condutor que desrespeita a lei com um copo de cerveja tem três vezes mais chance de se envolver em um acidente do que um sóbrio.

Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada cinco vítimas de trânsito atendidas nos prontos-socorros brasileiros ingeriram bebida alcoólica. Em Fortaleza, a situação não é diferente. Cerca de 20% dos pacientes internados no Instituto Dr. José Frota (IJF) que sofreram acidentes declararam ter ingerido a substância antes da ocorrência.

Infração

O teste de alcoolemia é expresso em miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões (mg/l). Como a tolerância a álcool é zero no Brasil, o condutor de veículos automotores não pode ingerir nenhuma quantidade de bebidas alcoólicas.

A infração é considerada gravíssima com resultado inferior a 0,3 mg/l, aplicação de multa multiplicada por 10 (R$ 2.934,70) e de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

Em caso de recusa do teste de alcoolemia, são aplicadas as mesmas sanções. Já o resultado superior a 0,3 mg/l é crime de trânsito. Além das sanções já descritas, o motorista é conduzido à delegacia, onde a autoridade policial decidirá as medidas legais a serem adotadas.

Em todos estes casos, o condutor tem o veículo retido para apresentação de outro motorista habilitado e, caso contrário, poderá ter o veículo removido.

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Em confronto pelo Campeonato Brasileiro, Fortaleza e Flamengo atraem grande público, nesta quarta-feira (28/09), à Arena Castelão. Com o fluxo de veículos e pedestres mais intenso, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) vai disponibilizar 40 agentes e operadores de tráfego para garantir a segurança viária antes e depois da partida.

A operação, que se inicia com o controle de tráfego das principais vias que levam os torcedores à praça esportiva, contará ainda com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual (PRE).

Já ao meio-dia inicia o monitoramento das avenidas do Contorno, Alberto Craveiro, Paulino Rocha e rotatória do Castelão. Em alguns trechos será estimulada a redução de velocidade com a distribuição de cones. O intuito é conferir mais segurança aos pedestres.

Com o jogo marcado para 19h, a AMC orienta que os torcedores antecipem a chegada em duas horas.

Como ocorre nas principais partidas, o fluxo de saída será facilitado com a abertura do canteiro central da Av. Paulino Rocha, próximo ao portão de saída do estacionamento. A medida melhora a fluidez dos que seguem em direção à BR-116, Cidade dos Funcionários e Aldeota. A operação de trânsito será finalizada por volta de 23h.

Recomendações

A AMC ressalta a necessidade de reduzir a velocidade devido ao maior fluxo de pedestres e, para evitar transtornos, não estacionar em locais proibidos, como passeios, garagens e ao lado dos canteiros, respeitando as normas de circulação viária.

Durante toda a operação, técnicos da Central da Mobilidade para Preservação de Vidas no Trânsito acompanham em tempo real as vias de acesso pelas câmeras de videomonitoramento. Viaturas também vão circular para coibir irregularidades.

O atendimento de ocorrências, como irregularidades ou sinistros no trânsito, também poderá ser solicitado à AMC pelo número 190, da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).

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placa de 50 km/h em uma avenida
O objetivo da readequação de velocidade é reduzir a gravidade dos sinistros que acontecem em Fortaleza e garantir a segurança de todos os usuários, principalmente os mais frágeis, como os pedestres e ciclistas

Um novo levantamento da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) aponta a redução de 68,1% na média de acidentes com mortes em ruas e avenidas que tiveram a velocidade máxima readequada para 50 km/h. O estudo teve como base 16 vias cuja readequação foi implementada há mais de 12 meses.

Ainda de acordo com a análise, o quantitativo de sinistros com vítimas lesionadas caiu 18,9%. Já os atropelamentos diminuíram 29,7% e o de sinistros gerais, 23,3%.

Foram analisadas as avenidas Presidente Castelo Branco,General Osório de Paiva, Francisco Sá, Augusto dos Anjos, Frei Cirilo, Coronel Carvalho, Gomes de Matos, Dom Luís, Abolição, Santos Dumont, Historiador Raimundo Girão, Monsenhor Tabosa e Antônio Sales, e as ruas Dr. Justa Araújo, Alberto Magno e Governador João Carlos.

O método aplicado visou isolar o efeito da intervenção, considerando como grupo de comparação outras vias de características similares que não receberam a política de segurança viária.

“Este é o terceiro estudo que realizamos para avaliar a readequação de velocidade, que hoje fortalece para a segurança viária de 50 vias de Fortaleza. É uma política pública corajosa, acertada e que só traz benefícios. A população cada vez mais compreende que a redução da velocidade e a obediência às regras de circulação é o melhor caminho para um trânsito cada vez mais seguro”, destaca Antônio Ferreira, superintendente da AMC.

O objetivo da readequação de velocidade é reduzir a gravidade dos sinistros que acontecem em Fortaleza e garantir a segurança de todos os usuários, principalmente os mais frágeis, como os pedestres e ciclistas.

A medida é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pois a velocidade excessiva é a causa de uma em cada três mortes por acidentes de trânsito em todo o mundo. Nos casos de atropelamento, por exemplo, os condutores que trafegam em velocidade reduzida têm maior possibilidade de reação. Quanto mais rápido um veículo estiver trafegando,maior será o impacto de um acidente de trânsito. A OMS também aponta que uma redução de até 5% na velocidade do veículo pode resultar em 30% menos sinistros fatais.

A AMC implementa a medida após estudos que têm como base critérios de acidentalidade viária e volume de tráfego.

Resultados históricos

De janeiro a agosto deste ano, foram registradas 95 mortes por sinistros em vias da capital, a primeira vez em 21 anos que esse número ficou abaixo de 100. O resultado é atribuído à política pública integrada de segurança viária, que contempla fiscalização preventiva, educação e engenharia de trânsito, como a readequação de velocidade.

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a imagem mostra uma avenida de fortaleza
Para fortalecer a segurança viária, Fortaleza tem cerca de 50 vias com velocidade readequada de 60 km/h para 50 km/h (Foto: Marcos Moura)

As políticas públicas integradas de segurança viária, implementadas pela Prefeitura de Fortaleza, seguem alcançando resultados históricos para o trânsito da cidade e salvando vidas. No período de janeiro a junho deste ano, 68 mortes foram registradas nas vias da capital, uma redução de 23% em relação ao mesmo período de 2021. O quantitativo é também o melhor índice desde o início da série histórica, em 2001. Os dados são da Plataforma Vida, da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).

“Não celebramos números porque nenhuma morte no trânsito é aceitável. Por isso, precisamos que a população faça sua parte ao passo que seguiremos trabalhando em infraestruturas viárias mais seguras e reforçando as ações educativas e de fiscalização preventiva para melhorar o comportamento de todos no trânsito”, destaca Antônio Ferreira Silva, superintendente da AMC.

Os motociclistas representam mais da metade das mortes no período, com 55%, enquanto que os pedestres, com 37%, também estão entre os mais vulneráveis. Ciclistas representaram 4% das mortes, assim como ocupantes de veículos de quatro rodas.

Políticas públicas que salvam

A recorrente diminuição de mortes provocadas por sinistros de trânsito é resultado de medidas adotadas pela gestão municipal, divididas em três eixos principais: engenharia de tráfego, educação e fiscalização preventiva.

Para fortalecer a segurança viária, Fortaleza tem cerca de 50 vias com velocidade readequada de 60 km/h para 50 km/h. A medida reduz a gravidade dos sinistros e garante a segurança de todos os usuários que compartilham o trânsito. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a redução da velocidade em 10 km/h aumenta em dez vezes a possibilidade de uma pessoa atropelada sobreviver.

Os educadores de trânsito da AMC seguem diariamente nas ruas dialogando e distribuindo materiais educativos, alertando sobre os riscos de beber e dirigir, e o respeito à sinalização e limites de velocidade. Cursos que orientam quanto a uma conduta mais segura aos mais vulneráveis, como motociclistas e ciclistas, também seguem abertos.

Também para incentivar a adoção de um comportamento seguro no trânsito, a AMC realizou mais de 800 comandos de fiscalização preventiva. Essas operações, também segundo estudo da OMS, podem reduzir em até 18% o número de mortes no trânsito.

Trânsito menos violento por sete anos consecutivos

Em 2021, Fortaleza chegou ao sétimo ano seguido com redução de óbitos no trânsito. Foram 184 mortes registradas nas vias da cidade ou uma taxa de mortalidade de 6,8 para cada 100 mil habitantes. O número é 51% menor em relação ao ano de 2014, que contabilizou 377.

Plano de segurança viária

Para consolidar as políticas públicas que contribuem com a redução do número de mortes no trânsito, o prefeito José Sarto sancionou no final de junho a lei que cria o Plano Municipal de Segurança no Trânsito. O plano torna Fortaleza a primeira capital do país a criar uma lei municipal sobre o tema.

O objetivo é institucionalizar e aperfeiçoar as políticas de prevenção a acidentes, assegurando que os avanços obtidos sejam continuados e a taxa de óbitos no trânsito caia para a metade no prazo de dez anos.

O plano está alinhado com as abordagens de Sistemas Seguros e de Visão Zero e preconiza que nenhuma morte no trânsito é aceitável. Além disso, prevê que a responsabilidade pela segurança viária deve ser compartilhada entre poder público e sociedade, considerando que o ser humano é vulnerável e comete erros.

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a foto mostra um motociclista entregador de aplicativo
A pesquisa analisou, de 24 a 28 de maio deste ano, uma amostra de 78 motociclistas em quatro locais com grande presença de entregadores

Com o objetivo de compreender os fatores que levam ao envolvimento de motociclistas entregadores por aplicativos em sinistros de trânsito, uma pesquisa desenvolvida pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) em conjunto com a Universidade Federal do Ceará (UFC) mostrou que estes condutores podem percorrer até 120 km por dia na Capital. O volume de entregas e a carga horária de trabalho, que se estende por até 11 horas diariamente, pode ter relação com as infrações mais comuns cometidas por eles nas vias, como avanço de sinal de vermelho e trafegar acima da velocidade permitida.

O estudo revelou que 39% dos entregadores percorrem de 70 a 120 quilômetros diariamente. "Este dado é importante para compreender a estafa e impaciência que muitos apresentam diariamente no trânsito da Cidade, estando assim mais expostos e suscetíveis a se envolver em sinistros de trânsito", destaca Juliana Coelho, superintendente da AMC e autora do estudo.

A pesquisa analisou, de 24 a 28 de maio deste ano, uma amostra de 78 motociclistas em quatro locais com grande presença de entregadores. Foram motociclistas do sexo masculino, 45% deles na faixa etária de 25 a 35 anos, 38% tinham de 36 a 50 anos e 18% abaixo de 35. Segundo Juliana Coelho, essas informações corroboram para os resultados das vítimas fatais de acidentes de trânsito de Fortaleza do ano de 2020, em que 88% foram do sexo masculino e 93% tinham de 18 a 59 anos.

Ações

Em 2022, a AMC vai implementar um curso de pilotagem segura para motociclistas entregadores por aplicativo. A formação deve beneficiar pelo menos 2 mil condutores e será semelhante a que começou a ser realizada este ano para motociclistas em geral. A meta é aprimorar técnicas de pilotagem e desenvolver habilidades na condução segura da motocicleta para enfrentar qualquer situação no trânsito. Legislação, mecânica aplicada e noções de direção defensiva serão alguns dos módulos apresentados com o intuito de conscientizá-los sobre as normas de segurança viária e adoção de um comportamento seguro no trânsito.

Nos últimos meses, a AMC tem reforçado as ações conjuntas de fiscalização e educação, especialmente entre os motociclistas. Ao longo de 2021, agentes de trânsito distribuem antenas corta-pipa durante as blitz. O objetivo da ação é se aproximar destes condutores e orientá-los quanto ao uso de equipamentos de segurança, como também o capacete, e atitudes seguras que podem evitar acidentes.

Outras operações são desenvolvidas em momentos pontuais do ano integrando fiscalização e educação dos condutores. Neste mês de dezembro, a Operação Juntos pela Vida foca em bairros da Cidade que mais registraram sinistros no ano. Por turno, cerca de 120 agentes de trânsito, educadores, operadores do Via Livre e engenheiros da Autarquia estão em atuação com orientações sobre as normas de circulação viária e distribuem material educativo.

Estudo aponta principais infrações

Quando questionados sobre o avanço do sinal vermelho, 60% dos entrevistados relataram cometer a infração e 35% afirmaram nunca avançar o sinal vermelho. De acordo com dados dos equipamentos de fiscalização eletrônica do Município, 12% de todas as infrações cometidas por motociclistas são por avanço do sinal vermelho. Sobre o uso do celular enquanto pilota a moto, 85% dos entrevistados afirmam nunca falar ao celular dirigindo e o restante, 15%, confirma que às vezes utilizam dispositivos móveis, fato comprovado pelas autuações de videomonitoramento pelo órgão de trânsito de Fortaleza, onde há poucos registros de motociclistas cometendo essa infração.

Sobre o ato de beber estando sob efeito de bebida alcoólica, 95% dos entrevistados afirmaram nunca dirigir após consumo de álcool e o restante constatou que às vezes dirige bêbado. A avaliação, conforme Juliana Coelho, é de que a ampliação dos comandos de blitz da Lei Seca nos últimos anos tem inibido esse fator de risco. Com relação ao excesso de velocidade, considerado o fator de risco mais preocupante, 77% dos entrevistados afirmaram que, frequentemente ou às vezes, ultrapassam o limite e apenas 23% dizem nunca exceder.

"Os usuários que optam pelas motocicletas são atraídos pela facilidade e agilidade de locomoção que o veículo possui e esta característica, unida às pressões por cumprimentos de horários nas entregas de alimentos, medicamentos e documentos, contribui para que os condutores de motocicletas trafeguem em altas velocidades", explica. De acordo com as infrações de trânsito cometidas por motociclistas em 2020, cerca de 46% delas são relativas ao excesso de velocidade, fator que pode aumentar a gravidade dos sinistros.

Dos entrevistados, 53% já se envolveram em sinistros de trânsito; destes, 77% em acidentes do tipo colisão e os 21% restantes caíram ou escorregaram da motocicleta. O respeito às normas de circulação viária também foi alvo do levantamento. 63,5% afirmaram que frequentemente respeitam as leis de trânsito, embora 69% já receberam algum tipo de autuação.

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