Equipes de alunos e professores que conquistaram ouro na OBG
Alunos e professores da ETI Professor Ademar Nunes Batista comemoram as conquistadas

Estudar a fundo todas as áreas da geografia foi rotina, nos últimos meses, para duas equipes de estudantes da Escola Municipal de Tempo Integral (ETI) Professor Ademar Nunes Batista. Representante da Rede de Ensino na Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG) 2022, a unidade do Conjunto Ceará agora comemora as duas medalhas de ouro conquistadas na etapa estadual do evento, que reuniu 499 equipes de escolas públicas e particulares, desde o 9° ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Além do ouro, os estudantes de outras unidades escolares da Rede Municipal conquistaram cinco medalhas de prata e 12 de bronze.

Cenário para a dinâmica de pesquisas e discussões aprofundadas, a Sala de Inovação Educacional recebeu os alunos para a realização das duas fases on-line da prova. Com 90% de acertos na segunda etapa somados à nota da primeira avaliação, os dois grupos obtiveram destaque duplo entre as 50 medalhas de ouro disputadas. São eles: “Espartanos”, integrado por Vitor Rangel, Amanda Carvalho e Letícia Lima, e “Imperadores”, composto por Mateus Costa, Bianca Brito e Maria Klara Borges.

O objetivo inicial, explica o professor-coordenador Cícero Silva, era construir uma cultura de participação nesta competição inédita para os estudantes da ETI. “Temos um histórico de participação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) e na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), mas esta foi a primeira vez participando da OBG. A ideia era criar esse hábito de presença, estimular algumas competências como a curiosidade, o trabalho em grupo e o incentivo à pesquisa. Porém, a gente também queria obter o melhor resultado possível”, pontua.

Colega de Cícero, o educador Daniel Gadelha acrescenta que o resultado veio como recompensa para “muitos dias de planejamento''. “Todas as quartas-feiras, os alunos abriam os chromebooks disponíveis na sala e faziam um processo de revisão, leitura e discussão. Nossa função principal foi orientá-los na elucidação das questões, mas foram eles que trilharam a conclusão para cada pergunta”, ressalta.

Esse movimento de potencializar as habilidades dos jovens e ter a Sala de Inovação como aliada, acredita a estudante Amanda Carvalho, reverberou no êxito. “A partir do momento em que a escola abraça os alunos e procura levá-los pra cima, já é um incentivo para que haja um empenho grande. A gente pesquisou muito a fundo. O nível das perguntas destas provas é altíssimo. Com a assistência dos professores, aprendemos diversos assuntos avançados que serão importantes para o nosso ensino médio”.

Protagonismo coletivo

“Por que todo mundo não dá as mãos e sobe as escadas junto?”. O questionamento da participante Letícia Lima norteou os colegas durante os estudos e a realização das avaliações. Na visão coletiva, a união das equipes poderia ser a oportunidade para “fazer boas provas” e “vencer juntos”.

Desta forma, inseguranças de quem não tinha a matéria como favorita foram superadas. “Duvidei muito da minha capacidade, mas me surpreendi depois que participei. Mesmo tendo dificuldade, com a ajuda dos professores e dos meus colegas, eu consegui entender e colaborar com tudo. Da minha parte, foi muito bom participar!”, testemunha a aluna Bianca Brito, que mostra-se animada para receber o certificado da OBG.

Política de incentivo da Rede Municipal

A participação em olimpíadas é estimulada pela Rede Municipal como substancial para a expansão dos conhecimentos, raciocínio lógico e autoestima dos estudantes. Ana Cleide, diretora da ETI Professor Ademar Nunes Batista, avalia: “essa colaboração é crucial para o alcance do sucesso nas olimpíadas. A coordenação do nosso Distrito de Educação tem dado todo o suporte à escola, mobilizando, incentivando e pensando estratégias junto à gestão. Saber que estas medalhas estimulam nossos alunos a sonhar e almejar um bom futuro é maior do que a vitória em si!”.

Prova de que os sonhos dos medalhistas estão ainda mais vivos é o depoimento de Mateus Costa, integrante da equipe “Imperadores”: “Quando saiu o resultado das medalhas, a gente ficou tão feliz. Eu, por exemplo, tenho o sonho enorme de entrar no Instituto Federal do Ceará (IFCE) no Ensino Médio e fiquei em êxtase quando vi que a nossa escola conseguiu ter um resultado maior que o deles. Me gabei para todo mundo, para a família inteira. Com esta experiência, me sinto preparado para estudar lá e conquistar mais medalhas”, conclui, entusiasmado.

Olimpíada Brasileira de Geografia

A Olimpíada Brasileira de Geografia (OBG) é uma olimpíada científica para estudantes das escolas públicas e particulares do Brasil, desde o 9° ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio, abrangendo os temas de Geografia e das Geociências. Os competidores devem ter capacidade de analisar os fenômenos geográficos de forma integrada. A competição admite equipes compostas por três estudantes e um professor-coordenador de uma mesma escola.

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