18 de Junho de 2025 em Saúde IMPRIMIR

Capacita Girassol inicia formação de profissionais do IJF para atendimento prioritário a pessoas com autismo

Além da capacitação, os profissionais conheceram o protocolo de atendimento a pacientes com autismo lançado, nesta quarta-feira (18/06), no IJF


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grupo de pessoas posa para a foto no auditório do IJF
A programação, realizada no auditório do hospital, integra o projeto Capacita Girassol, que tem como objetivo qualificar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos equipamentos públicos de saúde da Capital (Foto: Marcos Moura)

A Prefeitura de Fortaleza, por meio do Instituto Doutor José Frota (IJF), realizou, na manhã desta quarta-feira (18/6), o seminário IJF – Capacitação de Atendimento Humanizado para Pessoas com TEA. A programação, que ocorreu no auditório do hospital, integra o projeto Capacita Girassol, que tem como objetivo qualificar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos equipamentos públicos de saúde da Capital, com foco especial em crianças e adolescentes.

Presente no evento, a primeira-dama de Fortaleza, Cristiane Leitão, ressaltou que o treinamento faz parte da determinação do prefeito Evandro Leitão de promover a inclusão de forma integral. “O Espaço Girassol tem três eixos: saúde, educação e assistência social. Com o Capacita Girassol, nós estamos preparando os profissionais da saúde para tratar de forma mais acolhedora os pacientes TEA que chegarem aqui no IJF, e isso também vai ocorrer com os profissionais da educação”, afirmou a primeira-dama.

De acordo com a secretária municipal da Saúde, Riane Azevedo, a disseminação do protocolo deve ocorrer gradativamente, até contemplar todas as unidades de saúde pública da capital. “Como o maior hospital de Fortaleza, o IJF tem o potencial de influenciar outras instituições da cidade, inclusive da rede privada, e estamos planejando a ampliação do Capacita Girassol para que o projeto alcance todas as nossas unidades de saúde,” disse a gestora.

Protocolo de atendimento

Na ocasião, foi lançado o Protocolo de Atendimento ao Paciente com Autismo no IJF. O fluxo inclui diretrizes para acolhimento acessível, identificação visual e priorização de internações e procedimentos, como exames e cirurgias. O objetivo é garantir uma linha de cuidado clara e segura para os usuários com autismo durante todo o tratamento na unidade, referência regional na assistência de alta complexidade em casos de fraturas e ferimentos graves.

O superintendente do IJF, João Gilberto Macêdo, explica que o protocolo de atendimento para pessoas com autismo foi desenvolvido para tornar o atendimento mais acolhedor e ágil. “O IJF é um hospital de alta complexidade, que tem uma demanda grande, e a urgência e emergência é, muitas vezes, um ambiente assustador para crianças e adolescentes com autismo. Com o protocolo, o paciente receberá, no mínimo, a classificação amarela e será direcionado para um atendimento multidisciplinar, de forma que diminua o tempo de internação e ofereça uma resolutividade mais rápida para o caso,” afirmou João Gilberto.

A construção das rotinas foi realizada de forma colaborativa, com articulação das equipes multiprofissionais, sob coordenação da médica Samantha Ottoni Adolphsson e da assistente social Angélica Alcântara. A proposta é promover a garantia de direitos, oferecer mais conforto no ambiente hospitalar e assegurar a segurança do paciente. O material também orienta a respeito da presença de acompanhantes e a possibilidade de que o paciente mantenha consigo objetos familiares.

Samantha Adolphsson, coordenadora da Comissão Multidisciplinar de Tratamento da Dor do IJF, destaca que o atendimento às pessoas autistas requer algumas delicadezas. "De 30% a 35% dos pacientes atualmente internados na enfermaria pediátrica do IJF são autistas, isso ocorre porque pessoas autistas se acidentam mais. Elas têm muita dificuldade com quebras de rotina e o costume de padrões repetitivos, então o ambiente hospitalar é mais desafiador. Por isso, é essencial que um hospital como o IJF tenha esse tipo de iniciativa," afirma Samantha.

A implantação do manual de procedimentos hospitalares voltado ao atendimento de pessoas com TEA seguirá contando com o apoio do projeto Capacita Girassol, tanto na orientação técnica quanto na formação contínua e na troca de experiências com os profissionais do IJF. A iniciativa também conta com a contribuição do Espaço Girassol e do Centro de Diagnóstico Espaço Girassol, somando-se a outras ações estratégicas da gestão municipal voltadas à ampliação da rede de cuidados especializados, com foco na equidade e na humanização. A expectativa é que a experiência do IJF sirva de modelo para os demais hospitais, policlínicas e postos de saúde de Fortaleza.

Atendimento no IJF

O IJF é referência no atendimento a traumas de alta complexidade, como fraturas e ferimentos graves causados por quedas, colisões no trânsito (inclusive atropelamentos), ingestão ou aspiração de objetos estranhos, intoxicações por medicamentos e produtos de limpeza, além de queimaduras. Entre os pacientes atendidos pela unidade, crianças com TEA estão entre os grupos mais vulneráveis a esse tipo de ocorrência, em razão de dificuldades de percepção de riscos, impulsividade, hiperfoco, crises sensoriais ou falta de compreensão sobre ambientes perigosos.

Capacita Girassol inicia formação de profissionais do IJF para atendimento prioritário a pessoas com autismo

Além da capacitação, os profissionais conheceram o protocolo de atendimento a pacientes com autismo lançado, nesta quarta-feira (18/06), no IJF

grupo de pessoas posa para a foto no auditório do IJF
A programação, realizada no auditório do hospital, integra o projeto Capacita Girassol, que tem como objetivo qualificar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos equipamentos públicos de saúde da Capital (Foto: Marcos Moura)

A Prefeitura de Fortaleza, por meio do Instituto Doutor José Frota (IJF), realizou, na manhã desta quarta-feira (18/6), o seminário IJF – Capacitação de Atendimento Humanizado para Pessoas com TEA. A programação, que ocorreu no auditório do hospital, integra o projeto Capacita Girassol, que tem como objetivo qualificar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos equipamentos públicos de saúde da Capital, com foco especial em crianças e adolescentes.

Presente no evento, a primeira-dama de Fortaleza, Cristiane Leitão, ressaltou que o treinamento faz parte da determinação do prefeito Evandro Leitão de promover a inclusão de forma integral. “O Espaço Girassol tem três eixos: saúde, educação e assistência social. Com o Capacita Girassol, nós estamos preparando os profissionais da saúde para tratar de forma mais acolhedora os pacientes TEA que chegarem aqui no IJF, e isso também vai ocorrer com os profissionais da educação”, afirmou a primeira-dama.

De acordo com a secretária municipal da Saúde, Riane Azevedo, a disseminação do protocolo deve ocorrer gradativamente, até contemplar todas as unidades de saúde pública da capital. “Como o maior hospital de Fortaleza, o IJF tem o potencial de influenciar outras instituições da cidade, inclusive da rede privada, e estamos planejando a ampliação do Capacita Girassol para que o projeto alcance todas as nossas unidades de saúde,” disse a gestora.

Protocolo de atendimento

Na ocasião, foi lançado o Protocolo de Atendimento ao Paciente com Autismo no IJF. O fluxo inclui diretrizes para acolhimento acessível, identificação visual e priorização de internações e procedimentos, como exames e cirurgias. O objetivo é garantir uma linha de cuidado clara e segura para os usuários com autismo durante todo o tratamento na unidade, referência regional na assistência de alta complexidade em casos de fraturas e ferimentos graves.

O superintendente do IJF, João Gilberto Macêdo, explica que o protocolo de atendimento para pessoas com autismo foi desenvolvido para tornar o atendimento mais acolhedor e ágil. “O IJF é um hospital de alta complexidade, que tem uma demanda grande, e a urgência e emergência é, muitas vezes, um ambiente assustador para crianças e adolescentes com autismo. Com o protocolo, o paciente receberá, no mínimo, a classificação amarela e será direcionado para um atendimento multidisciplinar, de forma que diminua o tempo de internação e ofereça uma resolutividade mais rápida para o caso,” afirmou João Gilberto.

A construção das rotinas foi realizada de forma colaborativa, com articulação das equipes multiprofissionais, sob coordenação da médica Samantha Ottoni Adolphsson e da assistente social Angélica Alcântara. A proposta é promover a garantia de direitos, oferecer mais conforto no ambiente hospitalar e assegurar a segurança do paciente. O material também orienta a respeito da presença de acompanhantes e a possibilidade de que o paciente mantenha consigo objetos familiares.

Samantha Adolphsson, coordenadora da Comissão Multidisciplinar de Tratamento da Dor do IJF, destaca que o atendimento às pessoas autistas requer algumas delicadezas. "De 30% a 35% dos pacientes atualmente internados na enfermaria pediátrica do IJF são autistas, isso ocorre porque pessoas autistas se acidentam mais. Elas têm muita dificuldade com quebras de rotina e o costume de padrões repetitivos, então o ambiente hospitalar é mais desafiador. Por isso, é essencial que um hospital como o IJF tenha esse tipo de iniciativa," afirma Samantha.

A implantação do manual de procedimentos hospitalares voltado ao atendimento de pessoas com TEA seguirá contando com o apoio do projeto Capacita Girassol, tanto na orientação técnica quanto na formação contínua e na troca de experiências com os profissionais do IJF. A iniciativa também conta com a contribuição do Espaço Girassol e do Centro de Diagnóstico Espaço Girassol, somando-se a outras ações estratégicas da gestão municipal voltadas à ampliação da rede de cuidados especializados, com foco na equidade e na humanização. A expectativa é que a experiência do IJF sirva de modelo para os demais hospitais, policlínicas e postos de saúde de Fortaleza.

Atendimento no IJF

O IJF é referência no atendimento a traumas de alta complexidade, como fraturas e ferimentos graves causados por quedas, colisões no trânsito (inclusive atropelamentos), ingestão ou aspiração de objetos estranhos, intoxicações por medicamentos e produtos de limpeza, além de queimaduras. Entre os pacientes atendidos pela unidade, crianças com TEA estão entre os grupos mais vulneráveis a esse tipo de ocorrência, em razão de dificuldades de percepção de riscos, impulsividade, hiperfoco, crises sensoriais ou falta de compreensão sobre ambientes perigosos.