Num exercício de olhar para a beleza e a celebração dos corpos e das espiritualidades negras, o Centro Cultural Casa do Barão de Camocim sedia, desde 25 julho deste ano, a mostra Festa de negro é pra se libertar. Até agora, mais de 740 pessoas já passaram pela exposição gratuita, que foi prorrogada e segue aberta ao público até 30 de setembro.
A Casa do Barão de Camocim é um equipamento gerido pela Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor) em parceria com o Instituto Cultural Iracema (ICI). Tombado como Patrimônio Histórico-Cultural, o espaço dedica-se às artes visuais e a diversas manifestações artísticas.
Inspirada na canção “Pose de Malandro / Me Querem Morto”, dos artistas Mateus Fazeno Rock e Big Léo, a mostra reúne trabalhos fotográficos de Ana Pinho, Flávia Almeida, Mayra Fernandes e Wallace Douglas. As imagens exploram as confluências entre giras e celebrações negras, propondo um olhar expandido sobre o conceito de patrimônio a partir das vivências da negritude em festas de rua e em espaços de terreiro.
A curadoria da exposição é assinada por Mayra Fernandes, artista afro-indígena em retomada, nascida em Fortaleza e atuante nas artes visuais e no audiovisual, em parceria com Rodrigo Lopes, artista, arte-educador e pesquisador. O projeto tem origem em pesquisa contemplada no 13º Edital Ceará das Artes, na linguagem Fotografia.
Segundo a curadora Mayra Fernandes, as obras ganham ainda mais força no contexto e no espaço em que estão inseridas hoje. “Essa mostra é muito importante e está exatamente onde deveria estar neste momento: numa casa de barão. A gente faz esse argumento contra-colonial, pois hoje trata-se de uma casa sem barão, ocupada por pessoas negras, periféricas, de terreiro, em momentos de celebração”, pontua.
Entre as celebrações que ganham protagonismo nas fotografias, está a Festa Crioula, coletivo LGBTQI+ favelado de Fortaleza, que busca, por meio da música preta, da performance e do audiovisual, levar a cultura periférica para diversos espaços da cidade. Ainda de acordo com a curadora, o evento foi fundamental para a sua formação identitária e artística, marcando o primeiro contato com um espaço onde se sentiu reconhecida em sua negritude, identidade indígena e LGBT.
Serviço
Exposição Festa de negro é pra se liberar
Visitação: até 30 de setembro, de terça a sexta (9h às 17h) e sábado (9h às 16h)
Local: Casa do Barão de Camocim (Rua General Sampaio, 1632 - Centro)
Acesso livre e gratuito
Mais informações em @casa.baraodecamocim no Instagram
Casa do Barão de Camocim recebe mais de 740 visitas à exposição Festa de negro é pra se libertar
Sob curadoria de artistas fortalezenses, a mostra apresenta fotografias de festas e celebrações negras e segue disponível ao público até 30 de setembro
Casa do Barão de Camocim recebe mais de 740 visitas à exposição Festa de negro é pra se libertar
Sob curadoria de artistas fortalezenses, a mostra apresenta fotografias de festas e celebrações negras e segue disponível ao público até 30 de setembro
Num exercício de olhar para a beleza e a celebração dos corpos e das espiritualidades negras, o Centro Cultural Casa do Barão de Camocim sedia, desde 25 julho deste ano, a mostra Festa de negro é pra se libertar. Até agora, mais de 740 pessoas já passaram pela exposição gratuita, que foi prorrogada e segue aberta ao público até 30 de setembro.
A Casa do Barão de Camocim é um equipamento gerido pela Secretaria da Cultura de Fortaleza (Secultfor) em parceria com o Instituto Cultural Iracema (ICI). Tombado como Patrimônio Histórico-Cultural, o espaço dedica-se às artes visuais e a diversas manifestações artísticas.
Inspirada na canção “Pose de Malandro / Me Querem Morto”, dos artistas Mateus Fazeno Rock e Big Léo, a mostra reúne trabalhos fotográficos de Ana Pinho, Flávia Almeida, Mayra Fernandes e Wallace Douglas. As imagens exploram as confluências entre giras e celebrações negras, propondo um olhar expandido sobre o conceito de patrimônio a partir das vivências da negritude em festas de rua e em espaços de terreiro.
A curadoria da exposição é assinada por Mayra Fernandes, artista afro-indígena em retomada, nascida em Fortaleza e atuante nas artes visuais e no audiovisual, em parceria com Rodrigo Lopes, artista, arte-educador e pesquisador. O projeto tem origem em pesquisa contemplada no 13º Edital Ceará das Artes, na linguagem Fotografia.
Segundo a curadora Mayra Fernandes, as obras ganham ainda mais força no contexto e no espaço em que estão inseridas hoje. “Essa mostra é muito importante e está exatamente onde deveria estar neste momento: numa casa de barão. A gente faz esse argumento contra-colonial, pois hoje trata-se de uma casa sem barão, ocupada por pessoas negras, periféricas, de terreiro, em momentos de celebração”, pontua.
Entre as celebrações que ganham protagonismo nas fotografias, está a Festa Crioula, coletivo LGBTQI+ favelado de Fortaleza, que busca, por meio da música preta, da performance e do audiovisual, levar a cultura periférica para diversos espaços da cidade. Ainda de acordo com a curadora, o evento foi fundamental para a sua formação identitária e artística, marcando o primeiro contato com um espaço onde se sentiu reconhecida em sua negritude, identidade indígena e LGBT.
Serviço
Exposição Festa de negro é pra se liberar
Visitação: até 30 de setembro, de terça a sexta (9h às 17h) e sábado (9h às 16h)
Local: Casa do Barão de Camocim (Rua General Sampaio, 1632 - Centro)
Acesso livre e gratuito
Mais informações em @casa.baraodecamocim no Instagram
