04 de September de 2015 em Segurança Cidadã

Centro de Referência da Mulher atende vítimas de violência no Benfica

Desde 2006, o equipamento prestou assistência a quase quatro mil mulheres em mais de 12 mil atendimentos


O serviço atende cerca de 250 mulheres por mês, principalmente em situação de vulnerabilidade social

Atender mulheres de Fortaleza que foram vítimas de diversas situações de violência causadas em decorrência do gênero, ou seja, da própria condição de serem mulheres. Esse é o objetivo do Centro de Referência da Mulher Francisca Clotilde (CRM), vinculado à Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH) e localizado no bairro Benfica. Desde agosto deste ano, o serviço divide espaço com o Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem) e com o Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Ceram).

Desde 2006, o Centro de Referência oferece assistência a mulheres vítimas de violência doméstica, familiar, sexual, institucional ou tráfico de mulheres, por meio de uma equipe de psicólogas, assistentes sociais e advogadas. “A atual gestão institucionalizou o serviço e o Centro passou a atender todos os casos de violência em decorrência do gênero, quando antes era apenas para casos de violência doméstica e sexual. Entre eles estão: assédio sexual, assédio moral no trabalho e atendimento de violência vivenciado pelas prostitutas, que é um público muito vulnerável”, apontou a coordenadora do CRM, Roberta Lopes. Ela explica que são atendidas em média 250 mulheres por mês, a maioria em situação de vulnerabilidade social.

A equipe de referência é responsável por realizar acompanhamentos individuais e grupais, traçando com a solicitante um Plano de Acompanhamento de Violência contra a Mulher (Pam), que pode durar até seis meses e serve como diretriz para que a mulher rompa o ciclo de violência que sofre. “A gente trabalha, além do enfrentamento à violência de gênero que é algo secular e cultural, o serviço de prevenção. Isso se dá através de uma série de formações, oficinas e rodas de conversa com a comunidade, profissionais de outros serviços e públicos. A ideia é visibilizar e priorizar serviços de atendimento às mulheres, já que somos a maioria da população. Sabemos que quanto mais mulheres empoderadas, melhor para o nosso município e sociedade”, disse Roberta.

Ao longo dos anos, o equipamento prestou assistência a quase quatro mil mulheres em mais de 12 mil atendimentos. Conforme a psicóloga Aline Rosa, as mulheres aprendem a lidar com a dor da violência psicológica, por meio de uma abordagem sem julgamentos. “Muitas vezes, são mulheres com um histórico de violência, muito fragilizadas emocionalmente. Nossa primeira acolhida está na escuta, dando suporte da forma mais aberta possível. O agressor é normalmente uma pessoa de vínculo. Quando a mulher procura o serviço já é um passo importante, pois aponta que ela quer sair daquela situação”, disse.

Superação

B. E., 31 anos, procurou o serviço no começo de maio, após indicação do Juizado da Mulher. “Eu cheguei no Centro de Referência dentro de uma situação muito instável, era como se o mundo tivesse desabado na minha cabeça.  Eu estava sem chão. Lá eles me atenderam muito bem, do segurança à assistente social. Me orientaram, aconselharam. Essas palavras e conselhos que servem mais para ajudar na nossa situação do que qualquer dinheiro”.
Ela reforçou que, após participar do acompanhamento individual e sessões em grupo, sentiu-se apta a romper com o ciclo de violência doméstica que vivia. “Você tem que fazer suas próprias ações, senão não sai da violência nunca. A equipe do Centro me ajudou bastante a me fortalecer, a ser quem sou. Não há quem me derrube agora”.
Para ela, é importante que mulheres que passam por qualquer situação de violência conheçam serviços deste tipo. “Temos que perseverar e respeitar a nós mesmas. Ali é uma base pra gente, um lugar de amparo”, declarou.

Portas Abertas

As mulheres que estejam sofrendo violência podem procurar o CRM Francisca Clotilde diretamente na Rua Padre Francisco Pedro, nº363, de segunda à sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados de 8h às 18h, ou ligar para 08002850880.

Os encaminhamentos para o local também podem ser feitos pelas Delegacias da Mulher, Juizado da Mulher, serviços de saúde e de assistência social, como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

Casa Abrigo

Mulheres com risco iminente de morte são encaminhadas para o equipamento municipal Casa Abrigo Margarida Alves, que oferece moradia protegida e atendimento multiprofissional a mulheres. É um serviço sigiloso e temporário onde elas permanecem por determinado período com seus filhos e filhas de até 18 anos, a fim de garantir sua integridade física e psicológica e fortalecer a sua autonomia.

Centro de Referência da Mulher atende vítimas de violência no Benfica

Desde 2006, o equipamento prestou assistência a quase quatro mil mulheres em mais de 12 mil atendimentos

O serviço atende cerca de 250 mulheres por mês, principalmente em situação de vulnerabilidade social

Atender mulheres de Fortaleza que foram vítimas de diversas situações de violência causadas em decorrência do gênero, ou seja, da própria condição de serem mulheres. Esse é o objetivo do Centro de Referência da Mulher Francisca Clotilde (CRM), vinculado à Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos (SCDH) e localizado no bairro Benfica. Desde agosto deste ano, o serviço divide espaço com o Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem) e com o Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher (Ceram).

Desde 2006, o Centro de Referência oferece assistência a mulheres vítimas de violência doméstica, familiar, sexual, institucional ou tráfico de mulheres, por meio de uma equipe de psicólogas, assistentes sociais e advogadas. “A atual gestão institucionalizou o serviço e o Centro passou a atender todos os casos de violência em decorrência do gênero, quando antes era apenas para casos de violência doméstica e sexual. Entre eles estão: assédio sexual, assédio moral no trabalho e atendimento de violência vivenciado pelas prostitutas, que é um público muito vulnerável”, apontou a coordenadora do CRM, Roberta Lopes. Ela explica que são atendidas em média 250 mulheres por mês, a maioria em situação de vulnerabilidade social.

A equipe de referência é responsável por realizar acompanhamentos individuais e grupais, traçando com a solicitante um Plano de Acompanhamento de Violência contra a Mulher (Pam), que pode durar até seis meses e serve como diretriz para que a mulher rompa o ciclo de violência que sofre. “A gente trabalha, além do enfrentamento à violência de gênero que é algo secular e cultural, o serviço de prevenção. Isso se dá através de uma série de formações, oficinas e rodas de conversa com a comunidade, profissionais de outros serviços e públicos. A ideia é visibilizar e priorizar serviços de atendimento às mulheres, já que somos a maioria da população. Sabemos que quanto mais mulheres empoderadas, melhor para o nosso município e sociedade”, disse Roberta.

Ao longo dos anos, o equipamento prestou assistência a quase quatro mil mulheres em mais de 12 mil atendimentos. Conforme a psicóloga Aline Rosa, as mulheres aprendem a lidar com a dor da violência psicológica, por meio de uma abordagem sem julgamentos. “Muitas vezes, são mulheres com um histórico de violência, muito fragilizadas emocionalmente. Nossa primeira acolhida está na escuta, dando suporte da forma mais aberta possível. O agressor é normalmente uma pessoa de vínculo. Quando a mulher procura o serviço já é um passo importante, pois aponta que ela quer sair daquela situação”, disse.

Superação

B. E., 31 anos, procurou o serviço no começo de maio, após indicação do Juizado da Mulher. “Eu cheguei no Centro de Referência dentro de uma situação muito instável, era como se o mundo tivesse desabado na minha cabeça.  Eu estava sem chão. Lá eles me atenderam muito bem, do segurança à assistente social. Me orientaram, aconselharam. Essas palavras e conselhos que servem mais para ajudar na nossa situação do que qualquer dinheiro”.
Ela reforçou que, após participar do acompanhamento individual e sessões em grupo, sentiu-se apta a romper com o ciclo de violência doméstica que vivia. “Você tem que fazer suas próprias ações, senão não sai da violência nunca. A equipe do Centro me ajudou bastante a me fortalecer, a ser quem sou. Não há quem me derrube agora”.
Para ela, é importante que mulheres que passam por qualquer situação de violência conheçam serviços deste tipo. “Temos que perseverar e respeitar a nós mesmas. Ali é uma base pra gente, um lugar de amparo”, declarou.

Portas Abertas

As mulheres que estejam sofrendo violência podem procurar o CRM Francisca Clotilde diretamente na Rua Padre Francisco Pedro, nº363, de segunda à sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados de 8h às 18h, ou ligar para 08002850880.

Os encaminhamentos para o local também podem ser feitos pelas Delegacias da Mulher, Juizado da Mulher, serviços de saúde e de assistência social, como os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

Casa Abrigo

Mulheres com risco iminente de morte são encaminhadas para o equipamento municipal Casa Abrigo Margarida Alves, que oferece moradia protegida e atendimento multiprofissional a mulheres. É um serviço sigiloso e temporário onde elas permanecem por determinado período com seus filhos e filhas de até 18 anos, a fim de garantir sua integridade física e psicológica e fortalecer a sua autonomia.