23 de November de 2018 em Educação

Escolas municipais superam metas do Ideb

As séries iniciais da rede municipal estão acima da média nacional de 5.5


Estudantes
A avaliação mede o desempenho das escolas de todo o Brasil no nível básico do ensino fundamental I e II (Foto: Rodrigo Carvalho)
“Muita coisa a gente pode perder no decorrer da vida, mas o nosso conhecimento ninguém tira”, afirma Evanir Guedes, professora de matemática. É a partir desse entendimento que gestores e educadores avançam na melhoria do aprendizado de estudantes na rede municipal de ensino, conquistando avanços no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A avaliação, que mede o desempenho das escolas de todo o Brasil no nível básico do ensino fundamental I e II, é calculada por meio da Prova Brasil, aplicada nas escolas a cada dois anos. Em 2017, a nota do Município foi 6.0 nas séries iniciais do ensino fundamental e 4.9 nas finais. Os números mostram um avanço em comparação a 2013, no qual as notas foram 4.6 e 3.8. Com esses resultados, as séries iniciais da rede municipal estão acima da média nacional de 5.5.

Em Fortaleza, as duas escolas com as maiores notas estão localizadas no Conjunto José Walter. Uma delas é a Escola Diogo Vital de Siqueira, com nota de 6.4 em 2017 nas turmas de 9º ano. No início do ano são feitas sondagens para entender e trabalhar as áreas em que são encontradas deficiências. Segundo a diretora da escola, Patrícia Cordeiro, os estudos em Português e Matemática, as duas disciplinas presentes na prova, são intensificados nas turmas de 8º ano.

A preofessora Evanir adapta seu trabalho para trazer mais dinamicidade e ajudar os alunos com dificuldades. “Faço trabalhos coletivos, que são os estudos em grupo. Aqueles com menos dificuldades se reúnem com os que que têm menos dificuldades e há uma troca de conhecimentos”, conta. A escola, que teve um grande avanço na prova de Matemática, trabalha com atividades lúdicas para estimular o engajamento dos estudantes, como jogos e estudos em grupo.

A preocupação com o aprendizado também é mostrada aos estudantes, que passam a entender a importância da avaliação, através de conversas com os professores e com aplicação de simulados. Para Amanda Pinheiro, que participou do Ideb no 5º ano e o fará em 2019, quando estiver no 9º ano, a prova é importante porque também funciona como uma revisão de tudo que já foi estudado.

Os estudantes da Escola Monteiro Lobato, com nota 7.2 nas séries iniciais, também contam que a avaliação é importante para o aprendizado de todos. “Sempre passam um reforço, simulados, incentivam, tranquilizam, pensam naqueles precisam aprender mais. É importante porque se você não souber o nível do aluno você não pode ajudar”, diz Maria Clara, aluna do 4º ano.

Para além do incentivo aos estudantes, a família também é inserida nesse processo, seja para apresentar as dificuldades ou incentivar o bom desempenho dos discentes. “Por mais que a gente queira que o aluno mude o pensamento dele sobre a importância do aprendizado, tudo se torna bem mais fácil quando a família está próxima”, conta Evanir.

Os professores também são incluídos e incentivados nesse processo. Para Patrícia Albuquerque, diretora da Escola Monteiro Lobato, a política de valorização dos professores tem sido um fator crucial na melhoria do Índice. “O professor tem um tempo para se dedicar ao planejamento das aulas e de atividades diferenciadas, além do novo Mais Educação e o auxílio da coordenação pedagógica que acompanha o desenvolvimento das atividades”, afirma. A escola, que tinha uma nota 6.5 em 2015 conseguiu subir quase um ponto, superando a meta estipulada de 7 para o ano passado.

Essas ações estão integradas nas diversas estratégias que a Secretaria Municipal de Educação (SME) vem implementando desde 2013. A primeira delas foi a regularização do calendário letivo para o cumprimento dos 200 dias letivos anuais, além do reforço na alfabetização, que só tinha 20 escolas com nível desejado de aprendizado no período. O projeto de gestão de aprendizagem também foi modificado, utilizando a tecnologia do Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC).

Outro aspecto importante, segundo a Secretária de Educação Dalila Saldanha, foi a criação das escolas em tempo integral. Atualmente, 30% das escolas municipais seguem esse modelo e 23 delas possuem um projeto voltado especialmente ao ensino integral. “Das dez melhores notas do Ideb nas escolas do Município, oito eram em escolas de tempo integral. Isso confirma que mais tempo na escola resulta em uma aprendizagem maior e melhor”, afirma Dalila.

Com isso, de maneira conjunta, incentivando professores, alunos e familiares, as escolas conseguem melhorar o aprendizado dos alunos, trabalhando em todo o ensino fundamental buscando superar as suas dificuldades e alcançando o objetivo mais importante, que é a educação. Para Evanir, “estar na escola com o melhor desempenho é maravilhoso, mas o que me deixa mais feliz é que os alunos alcançaram esse resultado pelo conhecimento”.

Escolas municipais superam metas do Ideb

As séries iniciais da rede municipal estão acima da média nacional de 5.5

Estudantes
A avaliação mede o desempenho das escolas de todo o Brasil no nível básico do ensino fundamental I e II (Foto: Rodrigo Carvalho)
“Muita coisa a gente pode perder no decorrer da vida, mas o nosso conhecimento ninguém tira”, afirma Evanir Guedes, professora de matemática. É a partir desse entendimento que gestores e educadores avançam na melhoria do aprendizado de estudantes na rede municipal de ensino, conquistando avanços no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A avaliação, que mede o desempenho das escolas de todo o Brasil no nível básico do ensino fundamental I e II, é calculada por meio da Prova Brasil, aplicada nas escolas a cada dois anos. Em 2017, a nota do Município foi 6.0 nas séries iniciais do ensino fundamental e 4.9 nas finais. Os números mostram um avanço em comparação a 2013, no qual as notas foram 4.6 e 3.8. Com esses resultados, as séries iniciais da rede municipal estão acima da média nacional de 5.5.

Em Fortaleza, as duas escolas com as maiores notas estão localizadas no Conjunto José Walter. Uma delas é a Escola Diogo Vital de Siqueira, com nota de 6.4 em 2017 nas turmas de 9º ano. No início do ano são feitas sondagens para entender e trabalhar as áreas em que são encontradas deficiências. Segundo a diretora da escola, Patrícia Cordeiro, os estudos em Português e Matemática, as duas disciplinas presentes na prova, são intensificados nas turmas de 8º ano.

A preofessora Evanir adapta seu trabalho para trazer mais dinamicidade e ajudar os alunos com dificuldades. “Faço trabalhos coletivos, que são os estudos em grupo. Aqueles com menos dificuldades se reúnem com os que que têm menos dificuldades e há uma troca de conhecimentos”, conta. A escola, que teve um grande avanço na prova de Matemática, trabalha com atividades lúdicas para estimular o engajamento dos estudantes, como jogos e estudos em grupo.

A preocupação com o aprendizado também é mostrada aos estudantes, que passam a entender a importância da avaliação, através de conversas com os professores e com aplicação de simulados. Para Amanda Pinheiro, que participou do Ideb no 5º ano e o fará em 2019, quando estiver no 9º ano, a prova é importante porque também funciona como uma revisão de tudo que já foi estudado.

Os estudantes da Escola Monteiro Lobato, com nota 7.2 nas séries iniciais, também contam que a avaliação é importante para o aprendizado de todos. “Sempre passam um reforço, simulados, incentivam, tranquilizam, pensam naqueles precisam aprender mais. É importante porque se você não souber o nível do aluno você não pode ajudar”, diz Maria Clara, aluna do 4º ano.

Para além do incentivo aos estudantes, a família também é inserida nesse processo, seja para apresentar as dificuldades ou incentivar o bom desempenho dos discentes. “Por mais que a gente queira que o aluno mude o pensamento dele sobre a importância do aprendizado, tudo se torna bem mais fácil quando a família está próxima”, conta Evanir.

Os professores também são incluídos e incentivados nesse processo. Para Patrícia Albuquerque, diretora da Escola Monteiro Lobato, a política de valorização dos professores tem sido um fator crucial na melhoria do Índice. “O professor tem um tempo para se dedicar ao planejamento das aulas e de atividades diferenciadas, além do novo Mais Educação e o auxílio da coordenação pedagógica que acompanha o desenvolvimento das atividades”, afirma. A escola, que tinha uma nota 6.5 em 2015 conseguiu subir quase um ponto, superando a meta estipulada de 7 para o ano passado.

Essas ações estão integradas nas diversas estratégias que a Secretaria Municipal de Educação (SME) vem implementando desde 2013. A primeira delas foi a regularização do calendário letivo para o cumprimento dos 200 dias letivos anuais, além do reforço na alfabetização, que só tinha 20 escolas com nível desejado de aprendizado no período. O projeto de gestão de aprendizagem também foi modificado, utilizando a tecnologia do Programa de Alfabetização na Idade Certa (PAIC).

Outro aspecto importante, segundo a Secretária de Educação Dalila Saldanha, foi a criação das escolas em tempo integral. Atualmente, 30% das escolas municipais seguem esse modelo e 23 delas possuem um projeto voltado especialmente ao ensino integral. “Das dez melhores notas do Ideb nas escolas do Município, oito eram em escolas de tempo integral. Isso confirma que mais tempo na escola resulta em uma aprendizagem maior e melhor”, afirma Dalila.

Com isso, de maneira conjunta, incentivando professores, alunos e familiares, as escolas conseguem melhorar o aprendizado dos alunos, trabalhando em todo o ensino fundamental buscando superar as suas dificuldades e alcançando o objetivo mais importante, que é a educação. Para Evanir, “estar na escola com o melhor desempenho é maravilhoso, mas o que me deixa mais feliz é que os alunos alcançaram esse resultado pelo conhecimento”.