18 de July de 2017 em Mobilidade

Fórum Internacional debate melhores práticas de fiscalização da Lei Seca

Objetivo é buscar estratégias para reduzir um dos principais fatores de risco de acidentes


Lei Seca
Participaram do evento especialistas em segurança e gestores de Fortaleza e representantes do Governo do Rio de Janeiro e do Governo da Austrália (Foto: Queiroz Netto)
A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e da Bloomberg Philantropies, realiza, durante toda esta terça-feira (18/07), o Fórum Internacional de Melhores Práticas de Combate à Alcoolemia. O objetivo é debater estratégias para reduzir um dos principais fatores de risco de acidentes com mortos e feridos em todo o mundo.

Além dos especialistas em segurança e gestores de Fortaleza, foram convidados para o Fórum os representantes do Governo do Rio de Janeiro e do Governo da Austrália. O inspetor de Polícia do estado australiano de Victoria, John Cormarck, falou sobre a experiência bem sucedida de combate a combinação álcool e direção naquele país. “Nossas campanhas se assemelham a realidade de pessoas comuns que cometem pequenas infrações, achando que nada acontecerá. Mas o que vemos são acidentes terríveis, vitimando adultos e crianças sem escolhas de viver. Além disso, na Austrália, as leis são bastantes severas. O motorista embriagado perde o direito de dirigir, vai para a corte e pode ser preso ou deportado”, explicou o Inspetor.

No Brasil, o Código de Trânsito determina tolerância zero de álcool. Conduzir veículo automotor sob influência de álcool é uma infração de natureza gravíssima, com pagamento de multa no valor de R$ 2.934,70, recolhimento e suspensão da habilitação por 12 meses e retenção do veículo até apresentação de outro condutor habilitado apto a conduzir o veículo. Se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligrama de álcool por litro de ar alveolar ou se o motorista tiver sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, o mesmo ainda poderá ser preso. A pena varia de seis meses a três anos.

De acordo com dados do Governo Federal, um a cada quatro brasileiros que dirige desobedece a Lei Seca. Em Fortaleza, no Instituto Doutor José Frota (IJF), pesquisa recente aponta que 58% dos pacientes estavam sob efeito de álcool. “Os acidentes são totalmente evitáveis, mas no fim de semana, nosso número de atendimentos triplica. É preciso ter consciência para salvar sua vida, a vida dos outros e desafogar o nosso sistema de saúde”, afirmou a secretária da Saúde do Município, Joana Maciel.

Só em 2015, mais de R$ 500 milhões foram gastos em acidentes de trânsito em Fortaleza. O dado foi apresentado pelo secretário adjunto de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Luiz Alberto Saboia. Em 2016, foram registrados 278 mortos e mais de 11 mil feridos em acidentes que poderiam ser evitados. As principais vítimas são motociclistas e pedestres. “Obviamente,os números são altos, estamos falando de vidas. Mas pela primeira vez desde que passamos a monitorar a segurança viária, Fortaleza registrou menos de 300 mortes por ano”, explicou o secretário.

Este é o terceiro ano consecutivo que Fortaleza registra queda no número de mortes no trânsito. A redução é reflexo das ações de mobilidade e segurança viária desenvolvida pela Prefeitura de Fortaleza, com apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária. Medidas como a ampliação da rede cicloviária, as travessias elevadas e faixas em diagonal, binários para reorganização do trânsito, além de campanhas educativas, intervenções de engenharia de tráfego e fiscalização efetiva contribuem para um ir e vir mais seguro. “Hoje, temos mais de 1 milhão de veículos, e é um desafio se adaptar a esse aumento repentino. Essa troca de informações, esse conhecimento sobre os processos no Rio de Janeiro e na Austrália, nos ajuda a tornar a cidade melhor e mais segura, destacou o superintendente da AMC, Arcelino Freitas.

Fórum Internacional debate melhores práticas de fiscalização da Lei Seca

Objetivo é buscar estratégias para reduzir um dos principais fatores de risco de acidentes

Lei Seca
Participaram do evento especialistas em segurança e gestores de Fortaleza e representantes do Governo do Rio de Janeiro e do Governo da Austrália (Foto: Queiroz Netto)
A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) e da Bloomberg Philantropies, realiza, durante toda esta terça-feira (18/07), o Fórum Internacional de Melhores Práticas de Combate à Alcoolemia. O objetivo é debater estratégias para reduzir um dos principais fatores de risco de acidentes com mortos e feridos em todo o mundo.

Além dos especialistas em segurança e gestores de Fortaleza, foram convidados para o Fórum os representantes do Governo do Rio de Janeiro e do Governo da Austrália. O inspetor de Polícia do estado australiano de Victoria, John Cormarck, falou sobre a experiência bem sucedida de combate a combinação álcool e direção naquele país. “Nossas campanhas se assemelham a realidade de pessoas comuns que cometem pequenas infrações, achando que nada acontecerá. Mas o que vemos são acidentes terríveis, vitimando adultos e crianças sem escolhas de viver. Além disso, na Austrália, as leis são bastantes severas. O motorista embriagado perde o direito de dirigir, vai para a corte e pode ser preso ou deportado”, explicou o Inspetor.

No Brasil, o Código de Trânsito determina tolerância zero de álcool. Conduzir veículo automotor sob influência de álcool é uma infração de natureza gravíssima, com pagamento de multa no valor de R$ 2.934,70, recolhimento e suspensão da habilitação por 12 meses e retenção do veículo até apresentação de outro condutor habilitado apto a conduzir o veículo. Se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligrama de álcool por litro de ar alveolar ou se o motorista tiver sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, o mesmo ainda poderá ser preso. A pena varia de seis meses a três anos.

De acordo com dados do Governo Federal, um a cada quatro brasileiros que dirige desobedece a Lei Seca. Em Fortaleza, no Instituto Doutor José Frota (IJF), pesquisa recente aponta que 58% dos pacientes estavam sob efeito de álcool. “Os acidentes são totalmente evitáveis, mas no fim de semana, nosso número de atendimentos triplica. É preciso ter consciência para salvar sua vida, a vida dos outros e desafogar o nosso sistema de saúde”, afirmou a secretária da Saúde do Município, Joana Maciel.

Só em 2015, mais de R$ 500 milhões foram gastos em acidentes de trânsito em Fortaleza. O dado foi apresentado pelo secretário adjunto de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Luiz Alberto Saboia. Em 2016, foram registrados 278 mortos e mais de 11 mil feridos em acidentes que poderiam ser evitados. As principais vítimas são motociclistas e pedestres. “Obviamente,os números são altos, estamos falando de vidas. Mas pela primeira vez desde que passamos a monitorar a segurança viária, Fortaleza registrou menos de 300 mortes por ano”, explicou o secretário.

Este é o terceiro ano consecutivo que Fortaleza registra queda no número de mortes no trânsito. A redução é reflexo das ações de mobilidade e segurança viária desenvolvida pela Prefeitura de Fortaleza, com apoio da Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária. Medidas como a ampliação da rede cicloviária, as travessias elevadas e faixas em diagonal, binários para reorganização do trânsito, além de campanhas educativas, intervenções de engenharia de tráfego e fiscalização efetiva contribuem para um ir e vir mais seguro. “Hoje, temos mais de 1 milhão de veículos, e é um desafio se adaptar a esse aumento repentino. Essa troca de informações, esse conhecimento sobre os processos no Rio de Janeiro e na Austrália, nos ajuda a tornar a cidade melhor e mais segura, destacou o superintendente da AMC, Arcelino Freitas.