O encontro contou ainda com a presença da diretora no Brasil do Instituto de políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), Clarisse Cunha, e a diretora de Planejamento da MOBILIZE, Nora Peña. A secretária de Urbanismo e Meio Ambiente, Águeda Muniz, e o secretário de Conservação e Serviços Públicos, Luiz Henrique Saboia, também participaram das discussões.
Durante o MOBILIZE, o ITDP e o Comitê do Prêmio Transporte Sustentável selecionam uma cidade que implementou projetos inovadores no ano anterior. A Prefeitura de Fortaleza ganhou o Prêmio Transporte Sustentável este ano, na Tanzânia, e por isso também, vai sediar o evento de 2019 com a presença de especialistas internacionais que podem ajudar no desenvolvimento de mais ações que invertam a pirâmide e coloquem pedestres e ciclistas como prioridade no trânsito.
"É uma oportunidade para conhecermos as melhores experiências urbanas do mundo e essa rede de pessoas que financiam ou apoiam as políticas de mobilidade mundo afora. Vamos mostrar ao mundo as nossas conquistas e apresentar nossas necessidades para as agências de financiamento. Além disso vamos reforçar o ganho de consciência e o apoio público em relação ao espaço dos ciclistas, dos pedestres e a prioridade do transporte público; sem contar com a redução da velocidade para diminuição de acidentes fatais", declarou o Prefeito Roberto Cláudio.
Cerca de 200 especialistas do mundo inteiro devem participar do evento em Fortaleza, que será realizado dias 24, 25 e 26 de junho. A Capital realiza diversas intervenções de segurança viária que têm transformado a forma como as pessoas caminham e usam espaços públicos.
Desde 2014, a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), tem investido em melhorias para fortalecer o transporte ativo e sustentável pela Cidade. A implantação do Bilhete Único, faixas exclusivas para os coletivos, reforma de terminais e pontos de parada, aplicativo de monitoramento em tempo real dos ônibus, equipados com ar-condicionado e wifi oferecem mais conforto e praticidade aos usuários. A expansão da rede cicloviária em mais de 240% nos últimos cinco anos, além da disponibilização de quatro sistemas de bicicletas compartilhadas (Bicicletar, Bicicleta Integrada, Mini Bicicletar e Bicicletar Corporativo) oferecem mais opções de forma gratuita e estimulam o deslocamento e a saúde da população. O sistema de carros elétricos compartilhados, o VAMO, também ajudou a trazer a pauta da sustentabilidade para os veículos automotores, apresentando a nova tecnologia e o compartilhamento como opções alternativas e de baixo custo aos usuários. Aliadas a reorganização viária, com os binários, novas vias e corredores, o número de mortes no trânsito já é 35% menor do que no início da década.
"Fortaleza é uma das cidades do Brasil que tem vários avanços na mobilidade urbana para diminuir a velocidade no trânsito e criar um lugar mais propício para pedestres, ciclistas e usuários do transporte público. Essa inversão está sendo discutida aqui, mas ainda tem muita coisa a ser feita do ponto de vista de quantidade. A Lei Nacional de Mobilidade Urbana já define essa inversão e o desafio agora é saber como as cidades conseguiram colocar na prática o que já está determinado na lei", comentou a diretora no Brasil do ITDP, Clarisse Cunha.
