Como parte das medidas de segurança viária implantadas na Av. Aguanambi, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) reforçou a sinalização de alerta para pedestres nas estações do BRT. A intervenção, destacada por meio de uma diferenciação na cor do pavimento e balizadores, beneficiará cerca de 35 mil passageiros diariamente. O objetivo da demarcação é reduzir os riscos de acidentes, diferenciando a área de espera dos coletivos da área para realização da travessia.
Além da nova pintura, foram instaladas placas indicativas de 20 km/h para ônibus nas proximidades das estações. A velocidade máxima ao longo da avenida passou de 60 para 50 km/h, obedececendo às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) que estalebelece esse limite para vias urbanas. Entre janeiro de 2019 e maio de 2023, foram registrados 234 sinistros totais, sendo três fatais, 183 sinistros com vítimas feridas e 17 atropelamentos na Av. Aguanambi. “Ações como essa impactam positivamente a operação de transporte já que garantem segurança aos nossos usuários”, considera David Bezerra, presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor).
O projeto ainda contemplou a renovação de toda a sinalização existente, prolongamento de calçadas e estágio exclusivo para pedestres. "Enquanto poder público estamos fazendo a nossa parte em investir em infraestruturas viárias adequadas e seguras, cabendo aos usuários respeitar as normas de circulação viária. Com os esforços integrados, continuaremos reduzindo o número de mortes no trânsito em Fortaleza", reforça o superintendente da AMC, Antônio Ferreira.
Redução de mortes no trânsito
Pelo oitavo ano consecutivo, Fortaleza registrou redução no número de mortes no trânsito. Em 2022, a capital cearense contabilizou 158 óbitos nas vias da cidade com taxa de mortalidade de 6,0 para cada 100 mil habitantes. O número é 58,1% menor em relação ao do ano de 2014, no qual 377 pessoas perderam a vida. A queda foi de 14,1% quando comparado a 2021.
Os usuários de motocicletas representaram quase metade das mortes, liderando a estatística com 47%, seguido por pedestres (44%), ciclistas (5%) e ocupantes de automóvel (4%). Dentre as vítimas, a maioria é do sexo masculino, na faixa etária compreendida entre 30 e 59 anos.
Segundo estudo realizado pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), o maior percentual de queda de óbitos entre 2022 e 2021 foi de ciclistas. A redução foi de 47%, passando de 15 para oito usuários de bicicleta fatais.
O resultado se deve à implementação de políticas públicas eficazes, como a criação de zonas de moderação de tráfego, promoção do transporte público coletivo e de meios não motorizados de transporte, incentivo ao uso de capacete por parte dos motociclistas, fortalecimento da fiscalização da ingestão de álcool e direção, além de ações educativas que visam melhorar o comportamento dos condutores.
