A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), firmou nesta sexta-feira (12/12), um aditivo ao convênio com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Fortaleza (APAE). Com o novo contrato, a gestão municipal destinará R$ 1 milhão para o custeio de atendimentos especializados voltados a pessoas com deficiência acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, cerca de 400 crianças são atendidas via SUS pela APAE. A secretária municipal da Saúde, Riane Azevedo, destacou que o reforço financeiro reafirma o compromisso da gestão com a inclusão e o cuidado integral por meio do programa Saúde que Cuida, do Plano Fortaleza Inclusiva.

“Esse aporte reflete a atenção que o prefeito Evandro Leitão e a Secretaria Municipal da Saúde têm dado ao programa Fortaleza Inclusiva. Sabemos que muitas instituições estão no limite de sua capacidade, e nós precisamos apoiá-las para que ofereçam um atendimento cada vez mais qualificado, desde o diagnóstico até o acompanhamento contínuo”, afirmou.

A diretora da APAE, Pauline Carol Habib, também ressaltou a importância do aditivo para a continuidade dos serviços. Segundo a entidade, a instituição vinha enfrentando dificuldades financeiras e estruturais, o que comprometia parte dos atendimentos.

“A APAE estava passando por muitas dificuldades, até mesmo com risco de interrupção de serviços. Essa parceria chega em um momento de grande necessidade e atende a um anseio importante. Somos 2.300 unidades no Brasil, e passamos a ser reconhecidos como um CER IV, capazes de atender quatro tipos de deficiência (física, intelectual, visual e auditiva) com equipe médica especializada e equipamentos adequados”.

“Aqui em Fortaleza havia a necessidade de uma parceria nova, que o prefeito Evandro conseguiu fortalecer e reconhecer. O sucesso depende da união dessas forças”, concluiu Pauline.

Acompanhamento

Na APAE, crianças com deficiência e neurodivergentes têm acesso a diversas especialidades, como psiquiatria, otorrinolaringologia, ortopedia, oftalmologia, clínica geral e fonoaudiologia. Camilla de Lima Sales, mãe de Samantha Carollayne, relatou que a filha apresentou grande evolução após iniciar o acompanhamento.

“Com a terapia, a Samantha foi se desenvolvendo. Ela saiu do nível 3 de suporte e agora está no nível 2. Já faz um ano que estamos aqui. Foi ótimo, porque acredito que os profissionais são exemplares e a estrutura é muito boa. Sabemos como é a nossa luta, e ver que estamos sendo acolhidos, com apoio da Prefeitura, faz diferença.”

Quem também elogiou a instituição foi Janaína Souza, mãe do Levy Gael. “Ele tinha um problema na fala, não verbalizava. Hoje, já diz ‘mamãe’, ‘papai’; e isso é muito gostoso de ouvir. Ele também andava muito na ponta dos pés, e graças ao trabalho da fisioterapeuta, hoje isso diminuiu bastante. Só quem é mãe atípica sabe a luta que enfrentamos, o quanto corremos atrás”.