28 de November de 2018 em Social

Primeira-dama Carol Bezerra debate direitos das crianças e adolescentes vítimas de violências

O seminário faz parte do curso de capacitação de profissionais que trabalham colhendo o depoimento de crianças vítimas de violência sexual


Carol Bezerra
A discussão do tema segue até a próxima sexta-feira (Foto: Thiago Gaspar)
A primeira-dama de Fortaleza, Carol Bezerra, participou, nesta quarta-feira (28/11), da abertura do seminário “A arte, a técnica e a ética da entrevista forense com crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violências, em especial a sexual”. O evento, realizado pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), segue até o fim do dia conduzido pela ONG Childhood Brasil, instituição que possui vasta experiência na metodologia do Depoimento Especial.

Dados apresentados pela ONG mostram que por ano, 527 mil pessoas são estupradas no Brasil. 70% das vítimas são crianças e adolescentes. Outro número alarmante chama atenção para a violência contra as mulheres, visto que pelo menos 80% das crianças abusadas são meninas em apenas 10% dos casos são notificados às autoridades.

“Nos acolhimentos da Prefeitura, 90% das crianças sofreram algum tipo de abuso sexual. Isso é um trauma sem precedentes para a criança e é mais grave quando a gente diz que quem abusa, geralmente, está dentro de casa. A gente precisa protegê-las antes que isso aconteça e, se acontecer, é preciso uma rede de apoio muito forte para que elas consigam viver sem tantos traumas", observou a primeira-dama.

O seminário faz parte do curso de capacitação de profissionais que trabalham colhendo o depoimento de crianças vítimas de violência sexual. Em abril de 2018, a causa da proteção à infância passou por um grande marco quando entrou em vigor a Lei Federal 13.431/2017, que estabelece o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência. Dentre os grandes avanços da Lei 13.431, destacam-se a escuta protegida, que garante maior proteção para crianças e adolescentes ao depor em um ambiente acolhedor e com o depoimento gravado.

“Um profissional que atua com questões tão delicadas, que envolvem família, segredos, pactos de silêncio, precisa entender a importância da sexualidade e as fases de desenvolvimento para saber fazer o trabalho com o cuidado exigido”, disse Itamar Gonçalves, gerente de Programas da Childhood Brasil.

O tema segue sendo debatido até a próxima sexta-feira. Para a Coordenadora da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Ceará, Maria Vilalba Fausto Lopes, o Ceará sai na frente no movimento de proteção às crianças. “Poucos estados estão trabalhando na aplicação da lei 13.431/2017 e nós fizemos questão de trazer o seminário e o curso para capacitar os nossos profissionais que entrevistam as vítimas. É preciso ter sensibilidade, equilíbrio e conhecimento para tratar com um tema dessa natureza”, declarou a desembargadora.

Primeira-dama Carol Bezerra debate direitos das crianças e adolescentes vítimas de violências

O seminário faz parte do curso de capacitação de profissionais que trabalham colhendo o depoimento de crianças vítimas de violência sexual

Carol Bezerra
A discussão do tema segue até a próxima sexta-feira (Foto: Thiago Gaspar)
A primeira-dama de Fortaleza, Carol Bezerra, participou, nesta quarta-feira (28/11), da abertura do seminário “A arte, a técnica e a ética da entrevista forense com crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violências, em especial a sexual”. O evento, realizado pela Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), segue até o fim do dia conduzido pela ONG Childhood Brasil, instituição que possui vasta experiência na metodologia do Depoimento Especial.

Dados apresentados pela ONG mostram que por ano, 527 mil pessoas são estupradas no Brasil. 70% das vítimas são crianças e adolescentes. Outro número alarmante chama atenção para a violência contra as mulheres, visto que pelo menos 80% das crianças abusadas são meninas em apenas 10% dos casos são notificados às autoridades.

“Nos acolhimentos da Prefeitura, 90% das crianças sofreram algum tipo de abuso sexual. Isso é um trauma sem precedentes para a criança e é mais grave quando a gente diz que quem abusa, geralmente, está dentro de casa. A gente precisa protegê-las antes que isso aconteça e, se acontecer, é preciso uma rede de apoio muito forte para que elas consigam viver sem tantos traumas", observou a primeira-dama.

O seminário faz parte do curso de capacitação de profissionais que trabalham colhendo o depoimento de crianças vítimas de violência sexual. Em abril de 2018, a causa da proteção à infância passou por um grande marco quando entrou em vigor a Lei Federal 13.431/2017, que estabelece o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência. Dentre os grandes avanços da Lei 13.431, destacam-se a escuta protegida, que garante maior proteção para crianças e adolescentes ao depor em um ambiente acolhedor e com o depoimento gravado.

“Um profissional que atua com questões tão delicadas, que envolvem família, segredos, pactos de silêncio, precisa entender a importância da sexualidade e as fases de desenvolvimento para saber fazer o trabalho com o cuidado exigido”, disse Itamar Gonçalves, gerente de Programas da Childhood Brasil.

O tema segue sendo debatido até a próxima sexta-feira. Para a Coordenadora da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Ceará, Maria Vilalba Fausto Lopes, o Ceará sai na frente no movimento de proteção às crianças. “Poucos estados estão trabalhando na aplicação da lei 13.431/2017 e nós fizemos questão de trazer o seminário e o curso para capacitar os nossos profissionais que entrevistam as vítimas. É preciso ter sensibilidade, equilíbrio e conhecimento para tratar com um tema dessa natureza”, declarou a desembargadora.