02 de April de 2013 em Cultura

Secretaria de Cultura de Fortaleza divulga programação do Salão de Abril

64ª edição do evento terá início no próximo dia 26 com a abertura da mostra paralela “70x7”


Ricardo Resende, Dodora Guimarães ( Secult-Ce) e Germana Vitoriano (Secultfor) na coletiva do Salão de Abril (Foto: Nely Rosa)

A Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio da Secretaria de Cultura, apresentou nesta segunda-feira (1/4), em coletiva de imprensa, a programação do 64º Salão deAbril. A edição - realizada em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado e Banco do Nordeste do Brasil - comemora os 70 anos do principal evento de artes plásticas do Ceará e terá início no dia 26 deste mês, com a abertura da mostra paralela “70x7 – Setenta obras, sete artistas”, às 19h, no Sobrado Dr. José Lourenço.

A exposição, uma das principais atrações do Salão, homenageará os artistas cearenses Sérvulo Esmeraldo, Hélio Rola, Eduardo Eloy, Eduardo Frota, Jared Domício, Herbert Rolim e Francisco Zananzanan. Em alusão ao aniversário do Salão de Abril, cada um destes sete artistas irá expôr 10 obras, num total de 70 trabalhos que irão traçar uma trajetória do evento e a sua importância para o fomento da arte no Estado.

“Escolhemos sete nomes consagrados, que não tinham ainda sido homenageados nos outros salões, pela trajetória de cada um”, justificou o curador convidado e atual diretor geral do Centro Cultural São Paulo, Ricardo Resende.

Ainda no dia 26 de abril, a Secultfor lançará o edital para a Mostra Competitiva. Serão selecionados 30 artistas para concorrerem ao prêmio de R$ 70 mil. A exposição da Mostra está prevista para acontecer logo após a exposição “70x7”, durante os meses de agosto e setembro. Durante a Mostra Competitiva, será realizada ainda uma mesa-redonda com o tema “Que salão queremos ter?”.

Sobre o curador do Salão, Ricardo Resende
Mestre em História da Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo tem carreira centrada, sobretudo, na área museológica. Trabalhou, de 1988 a 2002, entre o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, desempenhando as funções de arte-educador, produtor de exposições, museógrafo, curador assistente e curador de exposições. Desde 1996, é curador do Projeto Leonilson.

De março de 2005 a março de 2007, foi diretor do Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura e, de janeiro de 2009 a junho de 2010, foi diretor do Centro de Artes Visuais da Fundação Nacional das Artes, do Ministério da Cultura. Atualmente, é o diretor geral do Centro Cultural São Paulo.

Em 2011, Resende foi o curador das mostras retrospectivas “Sob o Peso dos Meus Amores” de Leonilson, no Itaú Cultural, e “Sérvulo Esmeraldo”, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Ainda em 2011, foi o curador geral do “Arte Pará – Ano 30”, em Belém. Em 2012, foi curador mais uma vez da mostra retrospectiva “Sob o Peso dos Meus Amores”, de Leonilson, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre.

O Salão de Abril
Lançado em 1943, como iniciativa da Secretaria de Cultura da União Estadual dos Estudantes (UEE), o Salão de Abril foi encampado em seguida por artistas que atuavam na Cidade nos anos 1940. Foi assim que, a partir da segunda edição do Salão, em 1946, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) assumiu a sua realização, tornando-se a entidade responsável por sua continuidade até 1958. Faziam parte da SCAP artistas como Baratta Ribeiro, Antônio Bandeira, Aldemir Martins, Barrica, o suíço Jean Pierre Chabloz, o jovem Estrigas, a sua futura mulher Nice Estrigas, Sérvulo Esmeraldo e, mais tarde, Dona Heloisa Juaçaba e muitos outros artistas que vieram em suas edições até os dias atuais.

O Salão de Abril nasceu, também, na esteira de uma movimentação artística que teve início com a irreverência da Padaria Espiritual. Eram reuniões que congregavam poetas e escritores, em acalorados encontros em que introduziram a poesia moderna na capital cearense. Foi com as mostras do Salão, por exemplo, que se introduziu a Arte Moderna, que já vicejava em reuniões e mostras da região Sudeste do País.

As exposições do Salão de Abril, contudo, não tiveram uma constância. Houve um hiato nesta periodicidade logo depois de suas primeiras edições. Somente em 1964, quando a administração municipal ratificou publicamente a importância do Salão e tomou para si a responsabilidade da realização anual do evento, o mesmo assumiu um papel de eixo da vida cultural da capital cearense.

Nas sete décadas de existência e 63 edições, nomes importantes passaram por suas mostras. Em 2012, foram mais de 500 inscritos, o que o coloca o Salão de Abril entre os mais bem-sucedidos e disputados Salões do País.

Secretaria de Cultura de Fortaleza divulga programação do Salão de Abril

64ª edição do evento terá início no próximo dia 26 com a abertura da mostra paralela “70x7”

Ricardo Resende, Dodora Guimarães ( Secult-Ce) e Germana Vitoriano (Secultfor) na coletiva do Salão de Abril (Foto: Nely Rosa)

A Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio da Secretaria de Cultura, apresentou nesta segunda-feira (1/4), em coletiva de imprensa, a programação do 64º Salão deAbril. A edição - realizada em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado e Banco do Nordeste do Brasil - comemora os 70 anos do principal evento de artes plásticas do Ceará e terá início no dia 26 deste mês, com a abertura da mostra paralela “70x7 – Setenta obras, sete artistas”, às 19h, no Sobrado Dr. José Lourenço.

A exposição, uma das principais atrações do Salão, homenageará os artistas cearenses Sérvulo Esmeraldo, Hélio Rola, Eduardo Eloy, Eduardo Frota, Jared Domício, Herbert Rolim e Francisco Zananzanan. Em alusão ao aniversário do Salão de Abril, cada um destes sete artistas irá expôr 10 obras, num total de 70 trabalhos que irão traçar uma trajetória do evento e a sua importância para o fomento da arte no Estado.

“Escolhemos sete nomes consagrados, que não tinham ainda sido homenageados nos outros salões, pela trajetória de cada um”, justificou o curador convidado e atual diretor geral do Centro Cultural São Paulo, Ricardo Resende.

Ainda no dia 26 de abril, a Secultfor lançará o edital para a Mostra Competitiva. Serão selecionados 30 artistas para concorrerem ao prêmio de R$ 70 mil. A exposição da Mostra está prevista para acontecer logo após a exposição “70x7”, durante os meses de agosto e setembro. Durante a Mostra Competitiva, será realizada ainda uma mesa-redonda com o tema “Que salão queremos ter?”.

Sobre o curador do Salão, Ricardo Resende
Mestre em História da Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo tem carreira centrada, sobretudo, na área museológica. Trabalhou, de 1988 a 2002, entre o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, desempenhando as funções de arte-educador, produtor de exposições, museógrafo, curador assistente e curador de exposições. Desde 1996, é curador do Projeto Leonilson.

De março de 2005 a março de 2007, foi diretor do Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura e, de janeiro de 2009 a junho de 2010, foi diretor do Centro de Artes Visuais da Fundação Nacional das Artes, do Ministério da Cultura. Atualmente, é o diretor geral do Centro Cultural São Paulo.

Em 2011, Resende foi o curador das mostras retrospectivas “Sob o Peso dos Meus Amores” de Leonilson, no Itaú Cultural, e “Sérvulo Esmeraldo”, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Ainda em 2011, foi o curador geral do “Arte Pará – Ano 30”, em Belém. Em 2012, foi curador mais uma vez da mostra retrospectiva “Sob o Peso dos Meus Amores”, de Leonilson, na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre.

O Salão de Abril
Lançado em 1943, como iniciativa da Secretaria de Cultura da União Estadual dos Estudantes (UEE), o Salão de Abril foi encampado em seguida por artistas que atuavam na Cidade nos anos 1940. Foi assim que, a partir da segunda edição do Salão, em 1946, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) assumiu a sua realização, tornando-se a entidade responsável por sua continuidade até 1958. Faziam parte da SCAP artistas como Baratta Ribeiro, Antônio Bandeira, Aldemir Martins, Barrica, o suíço Jean Pierre Chabloz, o jovem Estrigas, a sua futura mulher Nice Estrigas, Sérvulo Esmeraldo e, mais tarde, Dona Heloisa Juaçaba e muitos outros artistas que vieram em suas edições até os dias atuais.

O Salão de Abril nasceu, também, na esteira de uma movimentação artística que teve início com a irreverência da Padaria Espiritual. Eram reuniões que congregavam poetas e escritores, em acalorados encontros em que introduziram a poesia moderna na capital cearense. Foi com as mostras do Salão, por exemplo, que se introduziu a Arte Moderna, que já vicejava em reuniões e mostras da região Sudeste do País.

As exposições do Salão de Abril, contudo, não tiveram uma constância. Houve um hiato nesta periodicidade logo depois de suas primeiras edições. Somente em 1964, quando a administração municipal ratificou publicamente a importância do Salão e tomou para si a responsabilidade da realização anual do evento, o mesmo assumiu um papel de eixo da vida cultural da capital cearense.

Nas sete décadas de existência e 63 edições, nomes importantes passaram por suas mostras. Em 2012, foram mais de 500 inscritos, o que o coloca o Salão de Abril entre os mais bem-sucedidos e disputados Salões do País.