11 de April de 2016 em Meio ambiente

Prefeitura, Governo do Estado e Ecofor inauguram unidade para tratamento de Gás Natural Renovável

A nova usina é a segunda maior do País e produzirá biometano, um combustível renovável


Com a GNR Fortaleza, será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO² sejam lançadas na atmosfera anualmente (Foto: Marcos Moura)

A Prefeitura de Fortaleza, o Governo do Estado do Ceará e a Ecofor Ambiental inauguraram, nesta segunda-feira (11/04), a unidade para captação e tratamento do biogás produzido no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc) – a Gás Natural Renovável Fortaleza (GNR Fortaleza). Essa é a primeira etapa da nova usina, que será a segunda maior do País, adequando-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010. A conclusão da Indústria está prevista para o segundo semestre de 2017, com investimento de quase R$ 100 milhões.

A GNR Fortaleza vai possibilitar a retirada do gás metano da superfície do Aterro, com capacidade para a produção de 100.000 m³ de biometano, combustível renovável compatível com as especificações do gás natural. O gás é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos depositados no Aterro, principal destinação de todo o resíduo sólido recolhido em Fortaleza.

O prefeito Roberto Cláudio ressaltou que o tratamento e a queima do metano gera um gás 25 vezes menos poluente do que o que era anteriormente lançado da atmosfera. “O grande passo de hoje foi a assinatura de um convênio entre Prefeitura e Governo, por meio da Companhia de Gás do Ceará (Cegás). Aqui embaixo, estão investidos mais de R$ 50 milhões em gasodutos e vai ser montada a indústria para gaseificação, financiada pelo Banco do Nordeste. Este gás produzido aqui vai poder ser utilizado pela indústria, transporte, residências. Tem um enorme potencial de uso privado do gás que antes só servia efetivamente para poluir a atmosfera. Hoje, a gente tem um ganho ambiental em relação ao passado”, disse.

Para a retirada de metano, foram instaladas tubulações que farão a sucção de todo o metano da superfície do aterro. O processo de produção de biometano acontece a partir da separação de CO² do metano e da remoção de contaminantes.
Conforme o Prefeito, o empreendimento é destinado a ser bem-sucedido. “Pelo custo, por ser ambientalmente amigável, por ter um financiamento de banco público, há um enorme potencial de expandir o uso de gás em vez de combustível fóssil, que tem um grande efeito poluente nas mais diversas atividades econômicas. Eu diria que este é um passo importante para a gente abrir a fronteira da inovação, da tecnologia e da sustentabilidade do manejo do lixo”, afirmou. Ele também destacou ações da gestão junto na área de Resíduos Sólidos, como a regulamentação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Fortaleza, investimentos na área de fiscalização e controle, requalificação de áreas degradadas e implantação de oito Ecopontos (com previsão de mais 17 até o fim da gestão) e expansão da coleta seletiva.

Além da geração de energia, com a Gás Natural Renovável Fortaleza também será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO² sejam lançadas na atmosfera anualmente, equivalentes à retirada diária de mais de 800 mil litros de diesel do setor de transportes.

O governador do Estado, Camilo Santana, explicou que a iniciativa é extremamente relevante para o Ceará. “É uma iniciativa pioneira, existem poucos Estados que produzem gás da forma que será produzido aqui. Esse gás poderá beneficiar fábricas, que muitas vezes utilizam a madeira. O Ceará não é produtor de gás, todo nosso produto vem do Rio Grande do Norte, e essa produção será equivalente a 30% do que a Cegás fornece aos cearenses. Temos uma grande rede hoje de atendimento comercial e residencial direto ligado nos apartamentos, casas. A expectativa é que esse Aterro possa ter uma vida útil de 20 anos”, declarou. Ele reforçou que o Estado reduziu, recentemente, o ICMS (de 17% para 7%) de empresas que utilizam material reciclável como matéria-prima.

Para o diretor de operações da Marquise Ambiental, Hugo Nery, o Ceará é um exemplo de como fazer a gestão adequada dos resíduos sólidos, por meio de ações integradas da iniciativa privada, Município e Estado. “O Estado dá exemplo de como fazer com que a iniciativa privada possa atuar de maneira tecnicamente adequada e fazer com que os resíduos que são desperdiçados possam um dia virar valor”, avalia.

A usina contribui para minimizar a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para as futuras gerações. Com a geração de energia renovável, os combustíveis fósseis são substituídos, reduzindo, dessa forma, passivos ambientais e atribuindo selo verde à matriz de tratamento.

Prefeitura, Governo do Estado e Ecofor inauguram unidade para tratamento de Gás Natural Renovável

A nova usina é a segunda maior do País e produzirá biometano, um combustível renovável

Com a GNR Fortaleza, será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO² sejam lançadas na atmosfera anualmente (Foto: Marcos Moura)

A Prefeitura de Fortaleza, o Governo do Estado do Ceará e a Ecofor Ambiental inauguraram, nesta segunda-feira (11/04), a unidade para captação e tratamento do biogás produzido no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (Asmoc) – a Gás Natural Renovável Fortaleza (GNR Fortaleza). Essa é a primeira etapa da nova usina, que será a segunda maior do País, adequando-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada e sancionada em 2010. A conclusão da Indústria está prevista para o segundo semestre de 2017, com investimento de quase R$ 100 milhões.

A GNR Fortaleza vai possibilitar a retirada do gás metano da superfície do Aterro, com capacidade para a produção de 100.000 m³ de biometano, combustível renovável compatível com as especificações do gás natural. O gás é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos depositados no Aterro, principal destinação de todo o resíduo sólido recolhido em Fortaleza.

O prefeito Roberto Cláudio ressaltou que o tratamento e a queima do metano gera um gás 25 vezes menos poluente do que o que era anteriormente lançado da atmosfera. “O grande passo de hoje foi a assinatura de um convênio entre Prefeitura e Governo, por meio da Companhia de Gás do Ceará (Cegás). Aqui embaixo, estão investidos mais de R$ 50 milhões em gasodutos e vai ser montada a indústria para gaseificação, financiada pelo Banco do Nordeste. Este gás produzido aqui vai poder ser utilizado pela indústria, transporte, residências. Tem um enorme potencial de uso privado do gás que antes só servia efetivamente para poluir a atmosfera. Hoje, a gente tem um ganho ambiental em relação ao passado”, disse.

Para a retirada de metano, foram instaladas tubulações que farão a sucção de todo o metano da superfície do aterro. O processo de produção de biometano acontece a partir da separação de CO² do metano e da remoção de contaminantes.
Conforme o Prefeito, o empreendimento é destinado a ser bem-sucedido. “Pelo custo, por ser ambientalmente amigável, por ter um financiamento de banco público, há um enorme potencial de expandir o uso de gás em vez de combustível fóssil, que tem um grande efeito poluente nas mais diversas atividades econômicas. Eu diria que este é um passo importante para a gente abrir a fronteira da inovação, da tecnologia e da sustentabilidade do manejo do lixo”, afirmou. Ele também destacou ações da gestão junto na área de Resíduos Sólidos, como a regulamentação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Fortaleza, investimentos na área de fiscalização e controle, requalificação de áreas degradadas e implantação de oito Ecopontos (com previsão de mais 17 até o fim da gestão) e expansão da coleta seletiva.

Além da geração de energia, com a Gás Natural Renovável Fortaleza também será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO² sejam lançadas na atmosfera anualmente, equivalentes à retirada diária de mais de 800 mil litros de diesel do setor de transportes.

O governador do Estado, Camilo Santana, explicou que a iniciativa é extremamente relevante para o Ceará. “É uma iniciativa pioneira, existem poucos Estados que produzem gás da forma que será produzido aqui. Esse gás poderá beneficiar fábricas, que muitas vezes utilizam a madeira. O Ceará não é produtor de gás, todo nosso produto vem do Rio Grande do Norte, e essa produção será equivalente a 30% do que a Cegás fornece aos cearenses. Temos uma grande rede hoje de atendimento comercial e residencial direto ligado nos apartamentos, casas. A expectativa é que esse Aterro possa ter uma vida útil de 20 anos”, declarou. Ele reforçou que o Estado reduziu, recentemente, o ICMS (de 17% para 7%) de empresas que utilizam material reciclável como matéria-prima.

Para o diretor de operações da Marquise Ambiental, Hugo Nery, o Ceará é um exemplo de como fazer a gestão adequada dos resíduos sólidos, por meio de ações integradas da iniciativa privada, Município e Estado. “O Estado dá exemplo de como fazer com que a iniciativa privada possa atuar de maneira tecnicamente adequada e fazer com que os resíduos que são desperdiçados possam um dia virar valor”, avalia.

A usina contribui para minimizar a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para as futuras gerações. Com a geração de energia renovável, os combustíveis fósseis são substituídos, reduzindo, dessa forma, passivos ambientais e atribuindo selo verde à matriz de tratamento.