A etapa municipal da 14ª Feira Municipal de Ciências e Cultura de Fortaleza transforma o Náutico Atlético Cearense em um verdadeiro palco de descobertas, onde os estudantes compartilham projetos marcados por criatividade e inovação. Realizada pela Secretaria Municipal da Educação (SME), a feira reúne 72 trabalhos classificados nas etapas escolares e distritais, com a participação de alunos do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
“A feira é resultado de um percurso construído ao longo do ano, passando pelas etapas escolares em junho, distritais em agosto e setembro, até chegar à grande final. A cada nova edição, os trabalhos são mais bem elaborados, e a gente percebe o protagonismo dos alunos ficando cada vez mais forte”, destaca Osvaldo Negreiros, coordenador do Ensino Fundamental – Anos Finais.
Para os Anos Iniciais, a proposta do evento é igualmente potente. A coordenadora Edna Lúcia ressalta que a feira é uma celebração do conhecimento que nasce da curiosidade e, sobretudo, incentiva o gosto pela pesquisa desde cedo.
“É emocionante ver o brilho nos olhos dos nossos estudantes e a empolgação com que apresentam seus projetos. Esse orgulho pelo que produziram mostra o quanto a feira impacta no desenvolvimento estudantil. Ver o engajamento dos professores, das equipes gestoras e dos distritos também torna tudo ainda mais significativo. Essa é uma agenda que fortalece o conhecimento, olhar crítico sobre o mundo e a educação pública”, pontua Edna.
E o olhar investigativo está presente em diversos trabalhos. Na Escola Municipal José Ramos Torres de Melo, no Mucuripe, o projeto “De Olho na Cidade: Fortaleza pelas Ópticas das Ciências” criou experiências visuais que retratam aspectos culturais, turísticos e históricos da capital cearense. Sob orientação do professor Marcos Passos, os alunos Samyra Oliveira e Gabriel Ferreira desenvolveram o projeto com entusiasmo.
“Aprendemos sobre os elementos simbólicos da nossa cidade. Em 2026, Fortaleza vai completar 300 anos, e com nossos estudos passamos a valorizar ainda mais essa história. Mas o melhor é poder compartilhar nosso trabalho em um evento que envolve várias escolas. A gente sente que faz parte de algo maior”, disse Gabriel.
“É uma experiência que proporciona aos alunos a chance de experimentar, testar, errar, corrigir, criar. É assim que eles se veem no papel de protagonistas do próprio aprendizado. Já nós, professores, saímos daquela aula tradicional e colocamos em prática coisas novas. Aprendemos junto com os alunos. É uma troca muito rica”, completou o professor Marcos.
A etapa municipal da 14ª Feira Municipal de Ciências e Cultura segue até esta sexta-feira (3/10). Os trabalhos finalistas serão divulgados no dia 6 de outubro, e a cerimônia de encerramento e premiação está marcada para a próxima terça-feira (7/10), na Seara da Ciência
