Patricia

A Defesa Civil de Fortaleza realizará, entre os dias 16 e 20 de novembro, a Semana Municipal de Prevenção e Redução de Desastres. Voltada aos colaboradores do órgão que atuam diretamente em casos de desastres como alagamentos, inundações e desabamentos, entre outros, a ação tem o objetivo de atualizar e capacitar estes profissionais em temas do seu dia-a-dia de trabalho, a exemplo dos primeiros socorros e simulação de incêndio, além da realização de outras atividades, como o Dia D nas Escolas.

A abertura ocorrerá na quarta-feira (16/11), a partir das 9h, no auditório da Sesec, quando será entregue a Medalha Proteção e Defesa Civil de Fortaleza. Na ocasião, dois agentes e oito gestores serão homenageados com a honraria, que é destinada a pessoas, instituições, civis ou militares, públicas ou privadas, que colaboram ou tenham colaborado de modo relevante para as ações da Defesa Civil de Fortaleza ou seu engrandecimento.

Na sequência, o secretário da Segurança Cidadã, Eduardo Holanda, também ministrará palestra abordando a operação feita após o desabamento do Edifício Andrea.

Ainda na quarta-feira, a partir das 13h30, ocorrerá o curso de Primeiros Socorros em Desastres e Emergências, voltado para os colaboradores da DC de Fortaleza. O instrutor será o capitão BM Aguiar, que ministrará a capacitação também na quinta à tarde, no mesmo horário, para uma segunda turma de servidores.

Na programação de quinta-feira (17/11), o destaque é o Dia D nas Escolas, com ações voltadas para os estudantes de três escolas municipais.

Já na manhã da sexta (18/11), os servidores participarão de um exercício simulado de incêndio, com a presença dos brigadistas da Sesec/GMF e da SDHDS, e o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado.

Passeio Ciclístico

O encerramento da Semana Municipal de Prevenção e Redução de Desastres acontecerá no dia 20 de novembro, com a realização do Passeio Ciclístico. A concentração terá início a partir das 6h, na Cidade da Criança (Centro). Com saída marcada para às 7h, os ciclistas seguirão em direção ao Parque Bisão, onde haverá um ponto de apoio. Em seguida, voltarão ao local de partida, num percurso total de 16 km. Os inscritos no Passeio Ciclístico contarão com aluguel de bicicletas e distribuição de água, além de caminhão de apoio e ambulância.

Para participar, os inscritos devem levar dois quilos de alimentos não-perecíveis, que serão trocados por um kit contendo camiseta e boné. A entrega acontecerá nos dias 18 (das 8h às 17h) e 19 (das 8h ao meio-dia), na Cidade da Criança. Na ocasião, quem quiser também poderá doar roupas e calçados para crianças e adultos, que serão usados nas ações da Defesa Civil de Fortaleza junto às famílias socialmente vulneráveis.

Com o tema “Por uma Fortaleza de Equidades”, o Mês da Consciência Negra será construído com ações culturais e políticas durante todo o mês de novembro. A Coordenadoria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Fortaleza (Coppir), em parceria com os Centros Urbanos de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (Cucas), o Complexo Cultural Vila das Artes, além de universidades e sociedade civil, promovem as principais conquistas da população negra e a luta antirracista.

Confira a programação completa

Nos Cucas José Walter, Pici, Barra do Ceará, Mondubim e Jangurussu, até 30 de novembro, é realizada a programação “Mente Livre, Cuca Crespa. Aqui Tem Negro Sim! A História dos Negros no Ceará”, com cinedebates, espetáculos teatrais, apresentações musicais e rodas de conversa voltadas à educação em direitos.

No Complexo Cultural Vila das Artes, haverá mostras artísticas, como a Mostra Preta de Artistas Circenses de Rua e o cineclube em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra e o encontro para Estudos de Textos Teatrais Negros.

Sérgio Granja, titular da Coppir, vinculada à Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS), destaca que novembro é um mês de conscientização e de reflexão. “Precisamos refletir sobre o modelo de sociedade que nós construímos, queremos e que vivemos. Uma sociedade pautada nas desigualdades deixadas como herança de um período escravista, perverso, que nos deixou marcas profundas. Feridas que continuam abertas até hoje. Precisamos refletir porque apenas 18,3% dos negros estão matriculados em cursos superiores; 66,7% dos encarcerados são negros; 76% dos pobres são negros; 78,9% das vítimas de intervenções policiais são negros; e porque 77% das mortes no país são de negros. A cada 23 minutos morre o jovem negro assassinado”, explica.

Seminário

No dia 21 de novembro, a Coppir a realiza o Seminário 10 anos da Lei de Cotas, com a participação de intelectuais negros, pesquisadores e lideranças políticas na luta antirracista na cidade. O evento será na Academia do Professor, com início às 14h.

No encontro, os participantes analisam os avanços no acesso à educação, após uma década da Lei de Cotas, que destina vagas para o acesso de estudantes negros em universidades e instituições federais de ensino técnico de nível médio. A heteroidentificação, método de reconhecimento étnico-racial, também será tema dos debates no Seminário.

O encontro terá a participação das professoras Zelma Madeira e Jaqueline Rabelo, da Universidade Estadual do Ceará (Uece); dos professores Arilson Gomes, a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Paulo Linhares, da Universidade Federal do Ceará (UFC), e também do pós-doutor Bruno Lessa. Também participa do encontro Larissa Gaspar, vereadora de Fortaleza e deputada estadual eleita, que foi autora da lei que reserva a negros 20% das vagas de concursos públicos do Município.

Ficha de inscrição do seminário


mesa de abertura do conaci
"Nesse evento, poderemos discutir estratégias para deixar a máquina pública mais próxima do cidadão", pontuou Sarto (Foto: Marcos Moura)

O prefeito José Sarto participou, nesta quinta-feira (10/11), da abertura da 44ª Reunião Técnica do Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci). O evento, realizado pelo Conaci em parceria com a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Controladoria e Ouvidoria Geral do Município (CGM), reúne cerca de 40 controladores de estados e capitais do Brasil para discutir temas relacionados à governança, controle interno e social, transparência e avaliação dos serviços públicos.

“Esta é uma experiência enriquecedora, pois o Conaci congrega membros das diversas esferas administrativas como municípios, estados e a Federação. Fortaleza já foi sede da reunião em outras oportunidades e daqui saíram boas ideias. Nesse evento, poderemos discutir estratégias para deixar a máquina pública mais próxima do cidadão. Imagino que, nesses dias de congresso, surjam sugestões para que possamos otimizar o tempo de resposta do poder público à população e também mecanismos que se utilizem da inovação tecnológica para a realização do controle interno de maneira mais rápida e efetiva”, pontuou Sarto.

Como relatou Rodrigo Fontenelle, presidente do Conaci, “um dos principais objetivos do Conaci é atuar junto aos municípios, trazendo ferramentas de controle interno para que a administração consiga entregar aquilo que se espera dela. Para termos saúde, educação e segurança pública de qualidade, é fundamental o bom uso dessas ferramentas. É dessa forma que podemos contribuir”, informou.

A secretária-chefe da CGM, Christina Machado, também destacou a importância do encontro e assinalou algumas das ações de promoção da transparência e boa governança realizadas pela atual gestão municipal.

"Fortaleza recebe mais de 40 controladores dos estados e das capitais do Brasil para juntos somar e valorizar a importância do controle, da transparência e da ética em um gestão de vanguarda. Nossa cidade tem avançado com diversas iniciativas. Recentemente lançamos o projeto de Fortaleza Íntegra, que já conta com a adesão de 15 órgãos; temos também prêmios que reforçam esse espírito de comprometimento nos servidores; realizamos um trabalho de capacitação contínua sobre transparência e controle nas pastas; e, sobretudo, temos diminuído a média de tempo de resposta à população”, reforçou Christina.

Sobre o Conaci

Conselho Nacional de Controle Interno (Conaci) exerce um papel mobilizador fundamental ao criar e promover sistemas de controle para a construção de gestões públicas mais eficientes e assertivas. Além disso, atua no intercâmbio de conhecimentos, práticas e informações entre os 62 órgãos membros do Conselho. No Ceará, são membros do Conaci: CGE, CGM, Assembleia Legislativa do Ceará e Controladoria e Ouvidoria Geral do Município de Aracati.

criança brincando numa amarelinha do projeto pé de infância
As intervenções do Pé de Infância consistem em pinturas lúdicas nos muros e no chão, conteúdos inspiradores e ações comunitárias para incentivar a leitura, a brincadeira e a música e fortalecer de vínculos entre crianças e cuidadores

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Coordenadoria Especial da Primeira Infância (Cespi), participou do encontro virtual Celebrando ações para a primeira infância, da rede nacional Urban95, nesta quarta-feira (09/11). Na ocasião, representantes dos 24 municípios contemplados pela rede apresentaram experiências estratégicas para a primeira infância realizadas em parceria com a entidade. Fortaleza compartilhou conhecimentos sobre o processo de atualização do Plano Municipal pela Primeira Infância de Fortaleza (PMPIF) e os projetos Microparques urbanos e Pé de infância.

Para a titular da Cespi, Angélica Leal, o webinar foi uma celebração às parcerias realizadas. "Fortaleza foi destaque, uma cidade que já incorporou como uma política de estado o cuidado integral e integrado para o desenvolvimento infantil. Tivemos também a oportunidade de acompanhar experiências exitosas das outras integrantes da Rede Urban95, que servem de referência para novas iniciativas locais", avalia.

Segundo Angélica, um dos atributos de Fortaleza reconhecidos na ocasião é a existência de uma coordenadoria especial para a primeira infância. Criada em 2021, primeiro ano da atual gestão, a pasta é responsável por monitorar e fomentar políticas municipais voltadas para crianças na faixa etária de zero a seis anos.

Saiba mais sobre os projetos apresentados pela Prefeitura no webinar da Urban 95

Microparques Urbanos

O projeto transforma áreas degradadas, muitas vezes usadas indevidamente como depósito de lixo, em parques naturalizados que podem ser implantados com um baixo custo. O objetivo é criar mais áreas verdes na cidade e oferecer mais um espaço de convivência para a comunidade, com foco especial nas crianças

Fortaleza atualmente conta com dois Microparques: José León, na Cidade dos Funcionários, e Seu Zequinha, na Barra do Ceará, ambos construídos na fase piloto do projeto. Outros 30 serão construídos até 2024 em diversas regiões da cidade. O projeto faz parte da Rede Urban95, conta com a parceria do Instituto Alana, a coordenação é do Laboratório de Inovação de Fortaleza (Labifor/Citinova) e a execução é da Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma).

Plano Municipal pela Primeira Infância

Objetivando orientar as decisões políticas e investimentos na primeira infância, o Plano de Fortaleza tem como eixos temáticos saúde, educação, assistência social, cidadania, o espaço e o direito de brincar e meio ambiente e sustentabilidade. Com o processo de atualização, a Capital destaca-se como pioneira na inclusão das qualificações orçamentárias nas ações estratégicas do PMPIF, considerando a necessidade de um modelo de gestão que contemple a primeira infância de forma integral.

O PMPIF foi inicialmente lançado em 2014, com vigência prevista para dez anos, e regulamentado pela lei municipal 10.221, de 13 de junho do mesmo ano. O processo de realinhamento realizado pela Prefeitura de Fortaleza ocorre de forma antecipada desde 2021, em virtude da revisão do Plano Nacional pela Primeira Infância em 2020, e é realizado por meio de uma cooperação técnica com a Fundação Bernard Van Leer, a iniciativa Urban 95 e a consultoria do Instituto da Infância (Ifan).

A atualização do Plano foi realizada em 2022, com gerência da Cespi e da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), e apoio das demais secretarias que compõem a Prefeitura de Fortaleza.

Programa Pé de Infância

As intervenções do Pé de Infância consistem em pinturas lúdicas nos muros e no chão, conteúdos inspiradores e ações comunitárias para incentivar a leitura, a brincadeira e a música e promover o fortalecimento de vínculos entre crianças e cuidadores. O intuito é promover hábitos saudáveis e interações positivas do adulto com a criança pequena transformando espaços e cultivando um terreno mais fértil para a criança se desenvolver integralmente.

O programa é executado pela Funci, com parceria da rede Urban 95 e da fundação holandesa Bernard Van Leer. Além das 12 praças espalhadas pela cidade, a iniciativa já chegou a equipamentos públicos que atendem crianças, como o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantil Maria Ileuda Verçosa, na Cidade dos Funcionários, a UAPS Pedro Sampaio, no Conjunto Palmeiras, e a Casa da Infância e da Adolescência, que reúne diversos projetos da Funci.

Rede Urban95

Desenvolvida pela Fundação Bernard van Leer, a Urban95 visa incluir a perspectiva de bebês, crianças pequenas e seus cuidadores no planejamento urbano, nas estratégias de mobilidade e nos programas e serviços públicos. Líderes, gestores públicos, arquitetos e urbanistas são convidados a pensar as cidades sob a perspectiva de quem tem 95 cm – a altura média de uma criança de 3 anos.

A iniciativa visa incorporar as lentes da primeira infância na gestão das cidades, a partir de ações efetivas que promovam interações positivas, contato com a natureza nos espaços urbanos, proximidade entre serviços e mudanças duradouras nos cenários que moldam os primeiros anos da vida de nossos cidadãos.

João Batista andando na bicicleta elétrica do re-ciclo
Para o catador João Batista de Souza, o Re-ciclo trouxe economia de tempo, aumento na produção e impacto positivo na saúde (Fotos: Rodrigo Carvalho)

João Batista de Souza saía do Grande Bom Jardim por volta das 15 horas, puxando uma carroça de ferro, e caminhava por aproximadamente duas horas sob o calor fortalezense até chegar ao Montese, onde coleta resíduos recicláveis. O trabalho entrava pela madrugada e era concluído na manhã do dia seguinte, após a separação dos materiais retirados do lixo. Desde 2021, o percurso se tornou mais leve e menos exposto ao sol e à chuva. A Associação de Catadores de Material Reciclado do Grande Bom Jardim (Ascabomja) recebeu da Prefeitura de Fortaleza dois triciclos elétricos para a realização das coletas.

A iniciativa faz parte do projeto Re-Ciclo, lançado de forma piloto no ano passado, com a distribuição de 18 triciclos. Em setembro deste ano, o projeto foi ampliado, com a entrega de outros quatro veículos. Também houve a implantação, em parceria com o Ifood e a Startup Solos, de um sistema de agendamento de coleta seletiva para duas associações parceiras, cujos integrantes recebem remuneração fixa de um salário mínimo, auxílio alimentação e vale transporte. Há perspectiva de ampliação do projeto para todos os bairros da cidade, o que possibilitaria o alcance de uma taxa de reciclagem de 50% em oito anos. Atualmente são atendidos porta a porta os bairros: Centro, Praia de Iracema, Meireles, Varjota e Mucuripe, e administradores de comércios e residências podem solicitar o serviço de coleta seletiva diretamente no site do Re-ciclo.

"Depois que veio o triciclo, melhorou muito. Às vezes eu saio daqui 17h, 17h30, vou pro bairro do Montese e quando é 22h já estou em casa", descreve João Batista. Para além da economia de tempo, a mudança tem impacto na saúde. "Eu voltava para casa com o espinhaço todo quebrado mesmo, todo dolorido, sempre sentia dor de cabeça, moleza, febre. Agora não", afirma, ressaltando que o esforço é menor, mas a produção aumentou.

antônia posa para foto dentro da associação de catadores do bom jardim
Segundo Antonia de Souza, a produção aumenta por volta dos 30% com o triciclo

Segundo a presidente da Ascabomja, Antonia de Souza, com o triciclo, a produção dos catadores da associação aumenta por volta dos 30% e em alguns casos chega a dobrar. Os veículos são revezados entre os 37 integrantes, contribuindo para melhorar as condições de trabalho de todos.

"Força mesmo a gente faz só a de botar o material em cima e de descarregar na hora que chega, mas é um trabalho que já é bem mais ágil que quando era no carrinho", explica Antônia.

Os triciclos elétricos têm pedal assistido, potência máxima de 350 watts, autonomia de 30 km e chegam a alcançar 25 km/h. A eficiência na coleta resulta em maiores quantidades de material reciclável e coloca Fortaleza como destaque na atuação do aumento de reciclagem de resíduos. Atualmente, o índice é de quase 9%, acima da média do País, que é de cerca de 4%.

Nas ruas, os triciclos chamam atenção, animando as pessoas a fazerem coleta seletiva e entregarem o material para os catadores. O gesto se torna hábito, com data e hora de coleta marcados. "Já tem uma padaria em que uma catadora nossa vai buscar (os recicláveis) duas vezes na semana. Tem um colégio que de vez em quando liga pra gente ir buscar material. Tem outros pontos que juntam sabendo que aquele catador vai passar e chamam", exemplifica a presidente da Ascabomja. A colaboração com os catadores se traduz em sustentabilidade ambiental e social ao proporcionar o aumento das reciclagens, a melhoria das condições de trabalho e a expansão da renda dos catadores.

No Grande Bom Jardim e no Montese, onde os catadores da Ascabomja realizam coleta, a passagem do triciclo tem trilha sonora. "Eu botei uma caixa de som, que vem tocando a música do Re-Ciclo, orientando o pessoal como separar o material reciclado e como doar ao catador," conta João Batista. E o reclame do projeto funciona: "Quando a gente passa, o pessoal vê a caixa de som tocando, me chama e me entrega o material".

Coletas agendadas

A sistematização de coletas de porta em porta, com data e hora marcadas, realizada de forma autônoma por associações como a Ascabomja, é um dos objetivos da segunda etapa do Re-Ciclo. O projeto tem duas fases principais, a primeira consistiu na entrega dos triciclos e equipamentos de proteção individual (EPIs) e na realização de treinamentos para os integrantes das associações de catadores credenciadas pela Prefeitura na ocasião. A iniciativa foi viabilizada pelo prêmio de R$ 1 milhão que Fortaleza recebeu do Desafio Global de Mobilidade Urbana 2019, organizado pela Transformative Urban Mobility Initiative (TUMI), e nasceu da parceria entre a Agência Alemã de Cooperação (GIZ) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

A segunda fase, em execução desde setembro deste ano, conta com parceria do iFood e execução da startup Solos, que traz o primeiro modelo de inovação aberta do País para a coleta de recicláveis. "Essa startup opera a relação entre associações que estão credenciadas no projeto Re-Ciclo e que têm os ecopontos como local de apoio, e fazem também esse agendamento do residente que deseja separar o seu reciclável e entregar, com o catador que faz a coleta com o triciclo", explica Taís Costa, coordenadora do Laboratório de Inovação de Fortaleza (Labifor), que faz parte da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova), onde o projeto foi concebido.
"Tem uma equipe só para dar assistência com os materiais, pra conseguir que as pessoas doem nos apartamentos e estabelecimentos. A gente sai só pra ir pegar os materiais nos locais determinados," detalha Paulo Lima, catador há dez anos e integrante da associação Asca-Rosa. Para ele, a sistematização melhorou em 100% a rotina de trabalho.

Além da Asca-Rosa, também é contemplada pela segunda fase do Re-Ciclo a associação Moura Brasil, da qual faz parte Raquel Aires, de 34 anos, catadora há sete anos. "Com a coleta mais organizada a gente não precisa ficar catando na rua, abrindo os sacos. Já recebemos as doações direitinho, separadas, mais limpas, o material não é mais sujo e a renda da gente aumentou muito", celebra ela, calculando ter em média 50 coletas agendadas para realizar por semana.

A etapa atual do projeto inclui também a remuneração dos catadores com um salário mínimo, auxílio alimentação e transporte. Caso batam as metas de coleta diária, os profissionais participantes recebem um incremento nessa renda. Para Taís Costa, o retorno financeiro fixo representa uma grande inovação, um pioneirismo de Fortaleza e contribui para o reconhecimento dos catadores como "agentes de sustentabilidade, que trabalham fazendo um serviço importantíssimo tanto para o meio ambiente quanto para as cidades, separando os resíduos para que possam ser reutilizados ou reciclados".

Com a combinação entre o uso dos triciclos elétricos, o sistema de agendamento de coletas e a dinâmica de remuneração mensal, as associações que estão na segunda fase do Re-Ciclo já coletaram mais de 30 toneladas de recicláveis desde setembro de 2022. A meta da Prefeitura é avaliar os resultados e ampliar o projeto para todos os bairros da cidade, atingindo uma taxa de reciclagem de 50% em oito anos. "Queremos nos tornar a cidade que mais recicla mas também reduz desigualdades com a inserção dos catadores nessa economia", aponta Taís.

O Re-Ciclo é coordenado pela Citinova e executado pela Secretaria Municipal da Gestão Regional (Seger), em parceria com a Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento Ambiental (Acfor), a Regional 2, a Regional Centro e a Secretaria da Conservação e Serviços Públicos (SCSP).

grupo de pessoas posa para a foto
Certificação Selo Município Verde foi entregue nesta quarta-feira (09/11), em solenidade ocorrida no Parque Estadual Botânico do Ceará, em Caucaia

A gestão ambiental da Prefeitura de Fortaleza, representada pela Secretaria Municipal do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), foi novamente reconhecida na 14ª edição da Certificação Selo Município Verde, entregue nesta quarta-feira (09/11), em solenidade ocorrida no Parque Estadual Botânico do Ceará, em Caucaia. O programa estadual incentiva municípios na implementação de políticas públicas ambientais, visando a sustentabilidade e a qualidade de vida da população.

A premiação foi recebida pelo coordenador de Políticas Ambientais (CPA), Gustavo Rocha, acompanhado da gerente da Célula de Sustentabilidade e Mudanças Climáticas (Ceclima), Raquel do Vale. A entrega foi feita pelo secretário da Sema, Artur Bruno, e pela superintendente adjunta da Semace, Virgínia Carvalho. Além do certificado, os representantes da Seuma recebereram uma placa de homenagem pelo selo ambiental.

O programa tem como parâmetros a sustentabilidade, exequibilidade, legitimidade, confiabilidade e equidade seletiva, reconhecendo, assim, iniciativas municipais voltadas à conservação dos recursos naturais, em equilíbrio com o espaço urbano.

Ações

O reconhecimento obtido pela Prefeitura de Fortaleza está baseado na gestão ambiental sólida desenvolvida e ampliada pela Secretaria do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), sempre priorizando a sustentabilidade e o bem-estar da população. A Parque Rachel de Queiroz, por exemplo, com a primeira etapa da requalificação entregue em fevereiro deste ano, está entre as ações de destaque.

A arborização de Fortaleza vem sendo fortalecida com os projetos Árvore na Minha Calçada, "Uma Criança, Uma Árvore" e, mais recentemente, com o Sementinha, que prevê o plantio de mudas frutíferas em todas as mais de 600 escolas da Rede Municipal de Ensino. A proteção às nossas águas também vem sendo ampliada com as iniciativas Vídeo Inspeção das Galerias Pluviais, Monitoramento dos Recursos Hídricos e o Se Liga na Rede, este que já transformou mais de 1.300 residências com ligação à rede de esgoto e instalação de cerâmica nova. Em outra frente, a Seuma está atenta ao ar que respiramos com a Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar, instalada de forma periódica em pontos estratégicos da cidade.

A Seuma também elabora, de forma inédita, planos de manejo para todas as áreas de conservação e parques urbanos de Fortaleza, assim como construirá 30 microparques na cidade, espaços naturalizados que levam em conta elementos naturais e características presentes em cada espaço beneficiado.

Selo Município Verde

Instituído pela Lei Estadual nº13.304/03, alterada pela Lei nº16.128, de 14 de Outubro de 2016 e regulamentado pelos Decretos n.º 27.073/03 e n.º27.074/03, o selo é um programa de Certificação Ambiental, que identifica ações protetivas ao meio ambiente desenvolvidas pelas 184 cidades cearenses. Os 22 municípios classificados receberam da Sema a Certificação e a Premiação Selo Município Verde.

interior do centro pop
Entre as instituições mais citadas pelas pessoas em situação de rua como fonte de apoio social a que sempre recorrem, os Centros Pop são os mais indicados em 33,9% das respostas

Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Psicologia Comunitária da Universidade Federal do Ceará (Nucom UFC) apontou que os Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centros Pop) são as principais instituições de apoio social à população de rua em Fortaleza. Realizado pelo pesquisador Carlos Eduardo Esmeraldo Filho, em parceria com o Nucom UFC, o estudo ouviu 285 pessoas em situação de rua entre os anos de 2019 e 2021, em Fortaleza.

A pesquisa intitulada “Pessoas em situação de rua de Fortaleza: a expressão da pobreza e modos de enfrentamento” foi iniciada como tese de doutorado de Carlos Eduardo e ampliada para um estudo coletivo do Nucom.

A equipe visitou equipamentos públicos de assistência social da Prefeitura de Fortaleza, como os Centros Pop e o Centro de Convivência para Pessoas em Situação de Rua. Também foram ouvidas as pessoas atendidas pelo Projeto Corre para a Vida (Governo do Estado do Ceará) e a Casa do Povo da Rua (Pastoral do Povo de Rua).

Entre as instituições mais citadas pelas pessoas em situação de rua como fonte de apoio social a que sempre recorrem, os Centros Pop são os mais indicados em 33,9% das respostas. O Centro de Convivência foi citado por 21,6%.

Os equipamentos de assistência da Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS) oferecem diariamente serviços socioassistenciais, como alimentação, acompanhamento psicológico, jurídico, acesso à documentação oficial, Cadastro Único para Programas Sociais, higiene pessoal, atividades educativas e artísticas, entre outros.

“A gente viu casos de pessoas que tiveram boas relações com educadores e funcionários da política de assistência social, e esse vínculo que eles construíram foram importantes para o enfrentamento da situação de rua. Muita gente coloca a importância dessa rede de apoio de maneira geral, incluindo o trabalho do Centro Pop, do Centro de Convivência”, afirma o doutor em Psicologia, Carlos Eduardo Esmeraldo Filho.

Os diagnósticos da pesquisa analisam múltiplos aspectos relacionados à pobreza, como Trabalho e Renda; Saúde; Educação; Direitos Humanos; Dimensão Subjetiva e Relações familiares e sociais. Na categoria Enfrentamento, são analisadas as práticas individuais, coletivas e o apoio social. No aspecto Opressão, os participantes da pesquisa responderam sobre as formas de preconceito e discriminação sofridas.

“A gente criou um instrumento chamado Índice Multidimensional da Pobreza. A partir deste dado, nós temos um cálculo que dá para analisar a pobreza, sem considerar somente renda, mas incluindo várias outras dimensões. A população em situação de rua sofre discriminação intensa, mas que existe uma fonte de apoio importante no Centro Pop”, explica Carlos Eduardo.

A pesquisa foi transformada no livro “Viver nas Ruas: trajetórias, desafios e resistências” e os resultados foram apresentados às pessoas atendidas no Centro Pop do Centro, em junho, e no Centro Pop Benfica, em setembro.

Acesse a tese

Proteção Social

Iracema Machado, gerente da Célula de Proteção Social Especial (CEPE) da SDHDS, explica que os Centros Pop são unidades públicas municipais, que desenvolvem ações de cuidados básicos, atendimento, acompanhamento técnico e espaços de convivência. Também são realizados os serviços de abordagem social e encaminhamentos para a rede socioassistencial, em vista da garantia de direitos.

“Todo esse trabalho gera para os usuários dessa política pública uma possibilidade de reconstrução de suas vidas e a superação da situação de rua. A intenção é proporcionar a ressignificação das suas vivências, contribuindo para novas trajetórias, a partir das demandas apresentadas pelos mesmo, bem como pelos caminhos apontados nos acompanhamentos”, explica a gerente.

A Prefeitura de Fortaleza realiza, de 23 a 26 de novembro, a III Jornada Mundial de Design. O evento, que tem como tema “Design e literatura para um mundo em crise”, será sediado em mais de 15 instituições públicas e privadas da Capital e tem como objetivo apresentar criadores e criações do design local, nacional e internacional, que se destacam por sua originalidade na superação das barreiras de um mundo permanentemente em crise.

Profissionais do mercado, do setor público, do setor privado e da academia estarão envolvidos em uma programação que inclui formações e debates sobre design editorial, design social, design de produtos, design regional, visual merchandising, criação de tipos, ecodesign, entre outros temas.

A III Jornada Mundial de Design pretende ser um marco norteador para a economia criativa de Fortaleza para os próximos anos, de acordo com o vice-prefeito e idealizador do evento.

"A gestão aposta em enxergar e estimular a economia criativa de Fortaleza a partir do Design, que é uma linguagem transversal. A III Jornada Mundial do Design vai mostrar como esses valores são incorporados na prática, com designers que têm experiências e narrativas a compartilhar”, detalhou Élcio.

A iniciativa é da Prefeitura de Fortaleza em parceria com o Sebrae, Senac-CE/ Fecomércio, Universidade de Fortaleza e apoio do Instituto Cultural Iracema, Rede Cuca; Associação Ceará Design; Universidade Federal do Ceará, por meio do Instituto de Cultura e Arte e do curso de Design; Federação da Indústria, por meio do Museu da Indústria e do Museu da Imagem e do Som.

Saiba mais

Em 2019, Fortaleza foi designada como Cidade Criativa em design pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Entre os critérios de escolha estavam a presença da economia criativa em seus projetos, a sua relação com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU) e o interesse em cooperar com outras cidades dentro da Rede Global, beneficiando diretamente as comunidades no nível urbano.

Serviço
III Jornada Mundial de Design
Período: 23 a 26 de novembro
Mais informações sobre a programação 
Siga: @jornadamundialdedesign 
Ouça: playlist no Spotify
Participe: convite para grupo do Whatspp

praça do cristo redentor com iluminação azul
A Praça do Cristo Redentor é dos equipamentos com decoração de realce neste mês de novembro (Foto: Kiko Silva)

Com iluminação especial azul em 13 equipamentos públicos, a Prefeitura de Fortaleza se junta, mais uma vez, à campanha nacional do Novembro Azul, mês dedicado à conscientização e prevenção do câncer de próstata.

A decoração de realce foi instalada pela Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP) e já pode ser visualizada nos seguintes locais: AMC, Catedral, Casa Barão de Camocim, Centro Cultural Belchior, estátua de Iracema, Hospital da Mulher, estátua de Iracema em Messejana, Jangadinha na Beira-Mar, Paço Municipal, Praça do Cristo Redentor, Praça Portugal, sede da SCSP e Vila das Artes.

"Essa ação, apesar de simbólica, é mais uma demonstração da Prefeitura de Fortaleza do seu compromisso com o povo fortalezense, chamando atenção para os cuidados com a saúde. É uma forma de deixar um lembrete a quem está passando por esses locais", disse o secretário da SCSP, Ferruccio Feitosa.

Saúde integral

Além do alerta de prevenção ao câncer de próstata, o Novembro Azul se consolidou como um mês de cuidados com a saúde integral dos homens. Nesse sentido, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) se mobiliza para chamar atenção sobre as doenças que mais acometem os homens e podem ser prevenidas, como diabetes, obesidade e infecções sexualmente transmissíveis, além do câncer de próstata.

O Ministério da Saúde informa que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, e o diagnóstico precoce é a única forma de garantir a cura da doença.

Saiba mais
Novembro Azul: Prefeitura de Fortaleza incentiva a prevenção de doenças e os cuidados com a saúde do homem

homem usando celular numa parada de ônibus
"Também uso o wi-fi, e acho louvável a questão da acessibilidade", aponta o atendente de telemarketing João Marcos da Cruz (Fotos: Rodrigo Carvalho)

Uma pesquisa de satisfação apontou amplo crescimento nas sensações de segurança e conforto nos pontos de ônibus do projeto piloto Parada Segura, em Fortaleza. Realizada pela World Resources Institute (WRI) em outubro deste ano, os dados gerais da análise mostram que 47% dos entrevistados se sentiam seguros nesses locais, aumento de 30% em relação aos 17% da pesquisa anterior. Em relação ao conforto, 59% avaliaram positivamente as estruturas.

Coordenado pelo Laboratório de Inovação de Fortaleza (Labifor), da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação (Citinova), a pesquisa foi feita com 541 pessoas e captada em dias úteis durante três horários de pico: das 6h30 às 10h29; das 10h30 às 16h29; e das 16h30 às 19h30. Os dois equipamentos do Parada Segura pesquisados estão em funcionamento na Av. 13 de Maio, sendo um no Bairro de Fátima e outro no Benfica. Outros dois já estão sendo implantados na Av. Frei Cirilo.

Analisando os dados da pesquisa, cerca de 64% das pessoas afirmaram se sentirem seguras no ponto de ônibus onde a entrevista foi efetuada. Outras 52% avaliaram sentir segurança no caminho para a parada e 46% estavam satisfeitas em relação a assédio físico e moral a homens e mulheres nos coletivos.

“No percurso até o ponto de ônibus, a gente subiu de 29% para 52%, porque além da melhoria na iluminação pública e a instalação das câmeras, a gente também realizou uma reforma no passeio para garantir a acessibilidade ao local. Outro resultado interessante foi que a gente teve uma queda de 23% para 12% de pessoas que presenciaram ou sofreram algum tipo de assédio nos pontos” detalhou o gerente de projetos do Labifor, Daniel Soares.

O presidente da Etufor, David Bezerra, reforça o objetivo do projeto em melhorar a experiência dos usuários. “Inicialmente em dois pontos, o sentimento de segurança e conforto dos usuários já melhorou devido a essa reestruturação necessária das estruturas, que possuem câmera de videomonitoramento ligado à central de segurança da Guarda Municipal, wi-fi, reforço na iluminação, acessibilidade e ações de segurança cidadã para os usuários de transporte público", disse.

Conforto

Rosiane posa para a foto
Rosiane do Nascimento notou a mudança no equipamento

Na avaliação do conforto, os dados também oscilaram positivamente. "Subimos de 30% para 59% dos usuários da Parada Segura satisfeitos com o quesito conforto, dentro do qual destacamos a limpeza, que aumentou de 63% para 78%. A iluminação foi de 57% para 71%, pois agora está presente dentro do abrigo, além do estado de conservação, de 40% para 83% e a informação ao usuário que passou de 18 para 69%", esmiuçou Daniel Soares.

A doméstica Rosiane do Nascimento pega ônibus diariamente no Bairro de Fátima. Ela notou a mudança no equipamento e elogiou a iniciativa da Prefeitura de Fortaleza. “É muito bom, pois agora podemos usar o celular na parada sem ficar com medo de assalto, e agora sabemos que temos uma segurança a mais. Fico mais à vontade para conversar com as pessoas que chegam. Se tivesse mais paradas assim, seria melhor ainda”, afirmou.

Já o atendente de telemarketing João Marcos da Cruz notou a presença da Guarda Municipal nos arredores, e para ele isso traz mais sensação de segurança, para além das câmeras de videomonitoramento. “Também uso o wi-fi, e acho louvável a questão da acessibilidade. Todas as paradas deviam ser assim, com esse piso, é muito interessante”, disse, referindo-se a rampa e ao chão podotátil.

Saiba mais

Lançado pela Prefeitura de Fortaleza em fevereiro deste ano, o projeto piloto do Parada Segura tem como objetivo oferecer segurança, conforto e acessibilidade nos pontos de ônibus da Capital. Atualmente, as duas paradas em funcionamento atendem 13 linhas de transporte coletivo.

A iniciativa prevê, até o final da gestão, a construção de 200 pontos de ônibus com videomonitoramento, wi-fi, melhoria na iluminação, acessibilidade e ações de segurança cidadã para garantir maior segurança aos usuários de transporte público.

Fruto de uma parceria com o Instituto Sueco, o projeto é coordenado pela Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova) e executado pela Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), pelas Secretarias da Gestão Regional (Seger), da Infraestrutura (Seinf), de Conservação e Serviços Públicos (SCSP) e da Segurança Cidadã (Sesec).