A Prefeitura de Fortaleza realiza, neste sábado (27/9), a partir das 8h, na Academia do Professor Darcy Ribeiro, a sétima audiência pública para revisão do Plano Diretor Participativo e Sustentável. Nesta audiência, serão abordadas as Zonas da Macrozona de Centralidades, áreas da cidade caracterizadas pela boa acessibilidade, infraestrutura urbana consolidada e elevado nível de integração com o transporte público coletivo.

“Nessas regiões, os eixos estruturantes de mobilidade e as obras de infraestrutura planejadas ampliam o potencial de adensamento e qualificação urbana, favorecendo a criação de uma Fortaleza policêntrica, com múltiplos centros de desenvolvimento e oportunidades mais próximas da população”, explica Rodolfo Sanford, analista de planejamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan).

Nesta fase do Plano Diretor, serão apresentadas as propostas de zoneamento para tornar Fortaleza uma cidade com “vários centros”. Isso fará com que os equipamentos e serviços públicos fiquem mais distribuídos pela cidade, portanto, mais próximos das pessoas, diminuindo o tempo de deslocamentos e criando mais oportunidades nos próprios territórios. No material que será apresentado já constarão as contribuições recebidas em audiência relativa ao tema no primeiro ciclo de audiências, realizada em 30 de agosto.

Divisão por zonas

Na Macrozona de Centralidades encontram-se cinco zonas: a Zona de Centralidade de Polo (ZCP), a Zona de Centralidade de Eixo (ZCE), a Zona de Centralidade de Orla (ZCO), Zona de Centralidade Multifuncional (ZCM), e a Zona de Preservação do Patrimônio Cultural (ZPC).

Os espaços da cidade demarcados como Zona de Centralidade de Polo (ZCP) são áreas com concentração de atividades, equipamentos e intervenções urbanas já consolidadas ou com potencial de crescimento. Têm boas condições de acessibilidade e infraestrutura, e são estratégicos para a distribuição de oportunidades na cidade. De acordo com a vice-presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan), Lia Parente, “esses espaços possibilitam um modelo de cidade policêntrica, ampliando o acesso a bens, serviços, emprego e renda para as demais regiões da cidade”.

As áreas definidas como Zona de Centralidade de Eixo (ZCE) localizam-se ao longo dos eixos de transporte coletivo, com alto acesso ao transporte público e obras previstas de infraestrutura. Tais áreas estão aptas ao adensamento (construtivo e populacional) e ao uso misto (residencial e não residencial). Os moradores de uma ZCE terão suas atividades e serviços num raio mais aproximado de suas moradias, mas caso precisem de um serviço fora desta área, o acesso a eles será mais fácil por estarem próximos a corredores de transporte.

Já a Zona de Centralidade de Orla (ZCO) corresponde à faixa litorânea da cidade e próximas dela. A ZCO é dividida em sete zonas abrangendo todo o litoral de Fortaleza. Estas zonas têm como base o Projeto Orla, considerando o ordenamento territorial, o uso do solo e a regularização fundiária. Para Lia Parente, “a ZCO tem o potencial para integrar economia do mar, turismo e patrimônio histórico-cultural, mas também de melhorar a qualidade socioambiental e balneabilidade das praias de Fortaleza”, reitera.

As Zonas de Centralidade de Multifuncional (ZCM) são grandes áreas consolidadas, públicas ou privadas, destinadas a atividades estratégicas para a cidade. Incluem espaços de relevância educacional, logística, institucional e industrial, devendo preservar seu uso principal. A ZCM-4 (industrial) foi incluída na proposta de revisão do Plano Diretor a partir de uma demanda apresentada na audiência pública do dia 30 de agosto, no primeiro ciclo de discussões do Plano Diretor.

Proteção do patrimônio cultural

As Zonas de Preservação do Patrimônio Cultural (ZPC) correspondem às áreas que abrigam manifestações culturais com significado para a população, não apenas os edifícios, mas também os usos voltados à cultura, característicos de determinadas áreas da cidade. A proposta de revisão do Plano Diretor propõe a ampliação e criação de novas Zonas de Preservação do Patrimônio Cultural (ZPC). No Plano Diretor de 2009, a área de ZPCs era de 158,78 hectares. A proposta do novo Plano Diretor amplia esta área para 493,76 ha, um aumento de 211%.

Isso significa o reconhecimento e a valorização do patrimônio cultural de Fortaleza por meio da promoção e do incentivo à preservação, conservação e restauração dos bens e conjuntos de valor arquitetônico, artístico, histórico, cultural, arqueológico e paisagístico, considerados representativos e significativos da memória local.

A proposta apresentada pelo Grupo Técnico do Plano Diretor, disponibilizada no site oficinal do Plano, detalha o processo de criação de novas ZPCs, trata também do Sistema Urbano de Patrimônio Cultural (Sipac), incluindo bens materiais, sítios arqueológicos e bens imateriais, explicitando cada um destes patrimônios culturais e o tipo de preservação possível, bem como o fluxo para pedido de preservação.

Glossário

• Macrozona: é uma grande divisão territorial, utilizada no planejamento urbano e ambiental, que agrupa áreas com características específicas para orientar o desenvolvimento de uma cidade ou região, definindo diretrizes para o uso e ocupação do solo, a infraestrutura e os objetivos de crescimento. Nesta revisão do Plano Diretor, são propostas três macrozonas: ambiente natural, ambiente construído e centralidades.

• Centralidades: áreas com infraestrutura consolidada, serviços urbanos e boa acessibilidade, baixa vulnerabilidade ambiental e alta atratividade econômica. No Plano Diretor, configuram áreas onde estas características estão presentes ou onde há potencial para tal.

• Adensamento urbano: é o processo de aumento da densidade de uma área da cidade, seja em termos de pessoas morando por quilômetro quadrado ou de área construída por terreno.

Calendário do Plano Diretor

Qualquer pessoa pode contribuir participando das audiências públicas, que ocorrem sempre aos sábados, a partir das 8h, na Academia do Professor Darcy Ribeiro (Rua Dona Leopoldina, 907 - Centro).

O material que será apresentado encontra-se publicado no site do Plano Diretor de Fortaleza, em “documentos” > “apresentações” > “2025”.

2° Ciclo de Audiências
Data: 27/9 (sábado)
Tema: Macrozona de Centralidades (Zoneamento ajustado, Parâmetros, Instrumentos Urbanísticos e Ambientais, Ações Estratégicas)
Data: 4/10 (sábado)
Tema: Governança (Participação Social e Gestão Democrática da Cidade), Políticas Setoriais, Sistemas Urbanos, Indicadores e Metas de Resultado, Disposições Gerais, Disposições Finais e Transitórias

Neste mês de setembro, o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan) realiza o segundo ciclo de reuniões com os Conselhos das Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis). Poço da Draga, Dionísio Torres, Pici, Cais do Porto e Bom Jardim, e Pirambu já receberam os encontros, que contam com técnicos de diferentes órgãos da Prefeitura de Fortaleza. Outras áreas se reunirão ainda neste mês: Moura Brasil, dia 23, às 14h; e Praia do Futuro, dia 25, às 18h. As reuniões com os Conselhos Gestores das Zeis ocorrem a cada dois meses e são organizadas pelo Ipplan.

As Zeis são áreas prioritárias para moradia digna, por meio da regularização urbanística e fundiária de assentamentos já existentes e da promoção de políticas habitacionais. A criação e o processo de regulamentação das Zeis são definidos pelo Plano Diretor. Inclusive, no documento em vigência, o processo de governança das Zeis ocorre da seguinte forma: para as Zeis 1 e 2 é necessário montar o Conselho Gestor, composto por integrantes do poder público e moradores destas zonas.

Este conselho irá deliberar sobre as ações do Plano Integrado de Regularização Fundiária (Pirf) a serem executadas pelo poder público. Para as Zeis 3, sua regulamentação deve ocorrer por meio de um Plano de Intervenção, que definirá o modelo de ocupação da área.

Revisão do Plano Diretor

A atual revisão do Plano Diretor propõe quatro tipos de Zeis. A novidade é a Zeis tipo 4 — ou Zeis de reparação —, formada por grandes conjuntos habitacionais de interesse social, voltados para famílias com renda de até três salários mínimos. A ideia deste zoneamento é propor infraestrutura, cobertura verde, acesso a serviços e espaços públicos que garantam o cumprimento da função social da propriedade e condições mais adequadas para o desenvolvimento econômico e social da população residente.

Na audiência pública realizada no último sábado (20/9), também foi proposto um modelo de governança para essas áreas. De acordo com a revisão, pretende-se dobrar o número de Zeis tipo 1 existentes.

Deverão ser constituídos Conselhos Gestores nas Zeis 1; e nas Zeis 2 e 4, Comissões Gestoras compostas por representantes dos atuais moradores e do poder público do município, que deverão participar das etapas de elaboração, implementação e monitoramento dos seus respectivos planos de regularização fundiária.

Um Decreto Municipal deverá regulamentar a constituição dos Conselhos das Zeis 1 e Comissões Gestoras das Zeis 2 e 4, determinando suas atribuições, formas de funcionamento, modos de representação equitativa dos moradores locais e dos órgãos públicos competentes.

Enquanto o Conselho Gestor da Zeis 1 não estiver constituído, outras formas de governança, como a Comissão Gestora ou o Fórum Territorial, poderão ser adotadas como forma de participação nessas áreas.

O Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan) realizou, entre os dias 7 e 18 de julho, as primeiras reuniões ordinárias dos Conselhos Gestores das Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) Prioritárias de Fortaleza. Na ocasião, foram apresentados os novos representantes do poder público, indicados pela atual gestão da Prefeitura de Fortaleza. As reuniões foram realizadas nas Zeis: Cais do Porto, Serviluz, Poço da Draga, Moura Brasil, Dionísio Torres, Bom Jardim, Pirambu e Pici. Em agosto, serão realizadas as reuniões das Zeis Praia do Futuro e Lagamar.

Os Conselhos das Zeis são compostos por representantes das comunidades (eleitos) e do poder público (indicados pela Prefeitura). O mandato é de dois anos e a atividade é voluntária. O Conselho Gestor possui natureza consultiva e deliberativa, sendo mais um espaço de participação popular.

Além da apresentação dos representantes do poder público, esse primeiro ciclo de reuniões abriu mais um espaço de fala para a população e escuta do poder público. Para Elizabeth Feijão, diretora de Articulação e Integração de Políticas do Ipplan, “esta escuta ativa dos anseios da comunidade é fundamental para o processo de governança compartilhada, que é um dos objetivos do Plano de Gestão da Prefeitura de Fortaleza. Quem conhece o espaço, quem vive na comunidade, é quem sabe dos problemas, então, nada melhor do que ouvi-los, para que os projetos e os planos sejam realizados conforme as necessidades locais".

Entre as atribuições do Conselho, estão: deliberar sobre o Plano Integrado de Regularização Fundiária (PIRF); contribuir na articulação entre a comunidade e a administração local; contribuir com o planejamento e gestão dos projetos desenvolvidos no território, para além dos limites do PIRF. Os representantes do poder público são pessoas servidoras de órgãos ligados às demandas das Zeis, como o Gabinete do Prefeito; as Secretarias de Relações Comunitárias, das Regionais onde estão localizadas a Zeis, do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), do Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma); o Ipplan; e um representante da Câmara Municipal de Fortaleza. Cada órgão público indica um titular e seu suplente. As reuniões ordinárias acontecem a cada dois meses, dessa forma, um novo ciclo de encontros ocorrerá no mês de setembro.

O que são as Zeis?

As Zonas Especiais de Interesse Social (Zeis) são áreas da cidade reservadas, prioritariamente, para moradia de famílias de baixa renda. Elas podem estar localizadas em terrenos públicos ou privados e são definidas no plano diretor do município. O principal objetivo é garantir o direito à moradia digna, por meio da regularização urbanística e fundiária de assentamentos já existentes e da promoção de políticas habitacionais. Nesses locais, há regras específicas para a construção, o uso e a ocupação do solo, com foco em atender melhor às necessidades da população que vive nessas áreas.

Além disso, as Zeis são espaços onde a participação da comunidade é valorizada. Por isso, cada Zeis tem um Conselho Gestor, formado por representantes da comunidade e do poder público, que acompanha e contribui com os projetos desenvolvidos no território.

Em Fortaleza, atualmente existem 135 Zeis, que foram criadas em 2009, com o Plano Diretor Participativo (Lei Complementar nº 062/2009). Elas estão divididas em três tipos:

45 Zeis do tipo 1 (de ocupações): áreas onde já existem moradias construídas de forma informal.

52 Zeis do tipo 2 (de conjuntos): conjuntos habitacionais construídos pelo poder público.

34 Zeis do tipo 3 (de vazios): terrenos disponíveis para receber projetos habitacionais no futuro.

O Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza) participará do Terceiro Encontro Continental de Estudos Afro-Latino-Americanos, evento realizado pela Universidade de Harvard. A programação ocorre de 10 a 12 de julho na Universidade de São Paulo (USP). Na quinta-feira (11/07), a diretora do Observatório de Governança Municipal do Ipplan, Izabel Accioly, fará parte do painel Ações afirmativas e cotas na educação: complexidades, no qual ela vai apresentar o tema Desafiando a branquitude acadêmica: uma análise das transformações pós ações afirmativas nas universidades brasileiras.

Izabel conta que a presença do Ipplan no evento destaca um dos eixos mais importantes do trabalho realizado no Observatório: a avaliação e o monitoramento de políticas públicas. “O estudo que apresentarei tem estreita relação com esta área. O Ipplan, muito sensível e focado também no combate às desigualdades sociais e na construção de uma cidade mais justa, é um importante apoiador”, disse.

Sediada pela primeira vez na América Latina, a conferência recebeu 1.935 inscrições, sendo 76% de candidatos que se identificam como pessoas negras, 67% como mulheres e 51% como mulheres negras. As inscrições abrangem diferentes disciplinas e campos de estudo, com destaque para Educação; Literatura; Artes Visuais; Música e Cultura; História; Direito e Ciência Política; Sociologia e Movimentos Sociais; Gênero e Feminismo; Relações Afro-Indígenas; Arqueologia; Saúde Pública e Religião.

O encontro deste ano é realizado pelo Instituto de Pesquisas Afro-Latino-Americanas (Alari) e pelo Centro David Rockefeller de Estudos Latino-Americanos (DRCLAS), ambos da Universidade de Harvard, em parceria com a Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (Prip) da USP e o Consórcio Universitário de Estudos Afro-Latino-Americanos.

Criado pela Universidade de Harvard, o Alari foi a primeira instituição de pesquisa dos Estados Unidos voltada à história e à cultura de afrodescendentes na América Latina e no Caribe. 

O Fortaleza em Mapas, ferramenta desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza), recebeu uma atualização que inclui a categoria Mulher na plataforma. Agora é possível acessar informações relacionadas à população feminina de Fortaleza, como dados demográficos e socioeconômicos, além da localização de equipamentos de assistência à mulher na Capital.

Acesse o Fortaleza em Mapas

Na seção Dados Demográficos e Socioeconômicos, é possível consultar o número de meninas e mulheres matriculadasem escolas de cada bairro, o percentual de gravidezes na adolescência e a quantidade de óbitos de gestantes de 2020 a 2024. Já em Equipamentos de Assistência à Mulher, é possível verificar a localização de maternidades, da Casa da Mulher Brasileira e de salas de amamentação/coleta de leite humano em Fortaleza.

A plataforma reúne mais de 533 mapas com georreferenciamento, possibilitando que o cidadão tenha acesso a informações sobre a cidade de Fortaleza e a dados estratégicos sobre cada um dos 121 bairros do território. 

Os mapas são divididos em categorias como Infraestrutura e Equipamentos, Territoriais, Socioeconômicos, Mulher, Legislação, Boletins Epidemiológicos, entre outros.

Para oferecer dados precisos e relevantes para a população, a plataforma é frequentemente atualizada. Em caso de dúvida, o cidadão pode entrar em contato por meio do canal “Fale Conosco”.

Foi divulgado, nesta sexta-feira (21/06), o resultado definitivo das provas discursivas do concurso do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza). O edital de convocação para a prova de títulos também está disponível. As informações constam no site do Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan), banca realizadora do certame.

Candidatos classificados para a próxima etapa devem enviar documentos comprobatórios da prova de títulos de 24/06 até 26/06. Esta etapa é classificatória e o resultado definitivo desta fase está previsto para 22/07. Acesse o cronograma do edital Nº 05, de 27 de maio de 2024.

Concurso

Ao todo, são 60 vagas para o cargo de analista de Planejamento e Inovação Urbana, contemplando áreas como Arquitetura e Urbanismo; Engenharia Civil; Ciências da Computação, de Dados e Sociais; Direito; Contabilidade; Serviço Social; Economia, Estatística; Administração; Psicologia; Gestão de Políticas Públicas, entre outras. O salário inicial é de R$ 6,9 mil.

Das 60 vagas, 12 (20%) serão destinadas a pessoas que se autoidentificam como negras (pretas ou pardas) e três (5%) para pessoas com deficiência, em respeito ao Decreto Federal nº 9.508, de setembro de 2018.

Os aprovados terão Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), conforme consta na Lei Complementar Municipal nº 0361, de julho de 2023.

Ipplan Fortaleza

A autarquia é vinculada ao Gabinete do Prefeito. O órgão é responsável por realizar e difundir pesquisas e estudos orientados por dados sobre a capital cearense; integrar, monitorar e avaliar políticas públicas; desenvolver planos e projetos inovadores para o desenvolvimento urbano sustentável e a redução de desigualdades.

A Prefeitura de Fortaleza participa, desde a última terça-feira (18/06), do Congresso Mundial do ICLEI 2024, realizado em São Paulo (SP). Em uma das mesas da programação, o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza) debateu acerca das iniciativas para garantir uma transição energética justa. O evento segue até esta sexta-feira (21/06).

Na ocasião, a Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova) assinou protocolo de intenções para replicar o projeto Re-ciclo em outras cidades do mundo. Exemplo de iniciativa sustentável, o Re-ciclo foi criado pelo Laboratório de Inovação de Fortaleza (Labifor/Citinova). A plataforma de agendamento de coleta seletiva é operada por catadores credenciados utilizando triciclos elétricos.

De acordo com a assessora do Ipplan, Dalila Menezes, Fortaleza destaca-se em relação à temática de transição energética, promovendo um planejamento com foco na resiliência climática. “Durante o evento, foi possível perceber o quanto Fortaleza vem avançando na temática de transição justa. Isso se deve muito ao trabalho de cooperação entre as instituições municipais e outras organizações nacionais e internacionais em prol do desenvolvimento urbano sustentável”, disse.

Em março deste ano, a Prefeitura de Fortaleza passou a integrar a rede global C40, que reúne cerca de 100 cidades de todo o mundo no enfrentamento à crise climática. O município é o segundo do Nordeste e o quinto do Brasil a aderir ao grupo.

Para a adesão, são avaliados o avanço do município quanto às ações implementadas e aos acordos climáticos firmados, além da governança climática da cidade. Também é considerada a capacidade de articulação com secretarias, órgãos, fundações e autarquias municipais. Esse trabalho é realizado pelo Ipplan e pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Seuma), que conduzem iniciativas com foco na justiça climática. Receberam destaque projetos e ações da Prefeitura de Fortaleza nos setores de mobilidade ativa, energias renováveis, qualidade do ar e gestão de resíduos sólidos.

Gênero

Durante o Congresso, foi consolidada a Declaração de Gênero, na qual se reconhece que mulheres enfrentam desafios distintos em contextos ambientais e sociais. O documento responde ao Compromisso de Malmö e à Visão Estratégica 2021-2027 do ICLEI, abrangendo os Cinco Caminhos do ICLEI, com atenção especial ao caminho do Desenvolvimento Equitativo e Centrado nas Pessoas.

“Reconhecer o papel integral que as mulheres desempenham na construção de comunidades resilientes e prósperas é fundamental para proteger a vida dos mais vulneráveis, especialmente contra os graves impactos das mudanças climáticas que os afetam de forma desproporcional”, avaliou a presidenta do Ipplan Fortaleza, Larissa Menescal.

Re-ciclo: de Fortaleza para o mundo

Na sessão de assinatura do protocolo de intenções para replicar o Re-ciclo, estiveram presentes, além de Dalila Menezes, a titular da Seuma, Luciana Lobo; a secretária executiva da Vice-Prefeitura de Fortaleza, Nara Gadelha; e o secretário executivo do ICLEI América do Sul, Rodrigo Perpétuo. De forma remota, participaram o vice-presidente da Citinova, Victor Macêdo; e a gerente de projetos do Labifor, Nirlania Diógenes.

“A reunião marcou a parceria entre ICLEI e Fortaleza com o objetivo não só de potencializar a própria política pública de resíduos do município, atraindo instituições com potencial de firmar parcerias visando à replicabilidade do projeto, como também para levar a solução para outras cidades brasileiras”, destacou Perpétuo.

Presidente da Citinova, Luiz Alberto Sabóia comemorou a representatividade do projeto como inspiração e referência para outras cidades do mundo. “É um projeto que nasceu aqui em Fortaleza, na gestão do prefeito Sarto, que venceu um concurso de ideias e foi implantado em parceria com associações de catadores. Ter uma entidade internacional que atua com sustentabilidade ambiental atestando a qualidade do projeto de Fortaleza e nos pedindo colaboração para replicar essa experiência exitosa em outras cidades nos mostra que estamos no caminho certo", afirmou.

O Congresso Mundial do ICLEI deve reunir, até esta sexta-feira (21/06), mais de 1.200 representantes de governos do mundo todo para discutir tendências e caminhos para o alcance das metas globais de descarbonização e para o enfrentamento das consequências da mudança do clima. O evento é realizado a cada três anos, sendo a última edição em 2022, na cidade de Malmö, na Suécia.

O ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade é uma rede global de mais de 2.500 governos locais e regionais comprometida com o desenvolvimento urbano sustentável. Presente em mais de 130 países, influencia as políticas de sustentabilidade e impulsiona a ação local para o desenvolvimento de baixo carbono, baseado na natureza, equitativo, resiliente e circular.

Cooperação contínua

Em 2023, o Ipplan e a Citinova trabalharam em cooperação na consultoria da Transformative Urban Mobility Initiative (TUMI) sobre dados e resíduos sólidos. O trabalho foi conduzido pela coordenadora do Labifor, Marisa Leitão, e pela atual vice-presidenta do Ipplan, Elisângela Teixeira, então diretora do Observatório de Fortaleza do Instituto.

As atividades resultaram na criação do Observatório de Resíduos Sólidos, plataforma de dados sobre que hoje é utilizada como ferramenta de monitoramento integrante do Movimento Fortaleza Limpa.

Desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza), a plataforma Fortaleza em 121 Bairros ganhará vida fora do ambiente digital. Neste sábado (15/06), o Instituto abrirá exposição de nome homônimo no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBN), a partir das 10h. A mostra é aberta ao público e estará em cartaz por um período de seis semanas.

A exposição é uma das atividades promovidas pelo Instituto para comemorar a atualização da plataforma, que vai receber mais informações e curiosidades sobre os bairros, além de novas ferramentas para a visualização de dados (bairro graphics).

De acordo com a presidenta do Ipplan Fortaleza, Larissa Menescal, a iniciativa objetiva ampliar o acesso da população às informações disponíveis na plataforma e atingir outros públicos, a partir de uma nova linguagem e de metodologias de pedagogia urbana. “Os dados e os mapas estão em uma escala que interessa para o cidadão, que é a do bairro, com uma linguagem acessível, dialogando e fortalecendo a identidade do cidadão no território”, afirma.

Segundo a diretora de Planejamento do Instituto, Laura Janka, a exposição é uma proposta inovadora, na qual reunirá um varal de mapas com informações de cada bairro, uma maquete e um quebra-cabeça das poligonais dos territórios. Haverá, ainda, rodas de conversa temáticas ao longo das semanas de programação. “O objetivo é que a exposição dialogue com temáticas transversais, como cultura, turismo e educação, fazendo com que a imersão pelos bairros seja dinâmica”.

A versão mais recente da ferramenta foi lançada no último mês de abril em comemoração ao aniversário de 298 anos da Cidade. O site reúne informações sobre os 121 bairros da capital cearense, possibilitando que o cidadão faça uma melhor leitura do seu bairro e da cidade, a partir de dados e cartografias úteis para o dia a dia. Além disso, é possível fazer download de mapas de bolso que podem ser impressos em um formato A4.

Serviço
Abertura da exposição do Fortaleza em 121 Bairros
Data: 15/06 (sábado)
Horário: 10h
Local: Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua Conde d’Eu, 560 - Centro)

Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente e o Dia Mundial dos Oceanos, a Prefeitura de Fortaleza instalou uma ecobarreira com objetivo de realizar a contenção de rejeitos no leito do riacho localizado no Grande Bom Jardim, a fim de limpar e promover a recuperação do corpo hídrico. Também foram realizados testes de qualidade da água e coleta de resíduos sólidos às margens do curso d’água. A iniciativa faz parte do Movimento Fortaleza Limpa e também integra o projeto Caminhos Verdes e Azuis - Microurbanismo Experimental, conduzido pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento (Ipplan Fortaleza) com apoio técnico do Ministério das Cidades e da Cooperação Brasil-Alemanha GIZ.

A ecobarreira foi instalada no sábado (08/06), de forma conjunta com o Instituto Winds for Future, que, desde 2019, vem mobilizando kitesurfistas e a comunidade em torno da limpeza de praias e cursos d'água. A ação integrada ressalta a importância da união de esforços no combate às mudanças climáticas e na promoção da resiliência urbana, garantindo que os rios poluídos não transportem lixo para o mar.

Segundo Larissa Menescal, todas as atividades realizadas envolveram pedagogia urbana, um dos principais eixos do projeto Caminhos Verdes e Azuis para a conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente. “Quando a gente vem pra cá e traz tanta gente, na verdade nós estamos aprendendo com a comunidade local, aprendendo com os técnicos e compartilhando as informações para construirmos de forma coletiva uma transformação urbana sustentável”, disse.

De acordo com a diretora de Planejamento do Ipplan Fortaleza, Laura Janka, o momento foi a continuação de uma intervenção com, para e da comunidade. “É uma estratégia de impacto e de monitoramento de infraestruturas verdes e azuis (cobertura vegetal e águas) e da vida comunitária do Bom Jardim. As atividades no espaço começaram há alguns meses, por meio do projeto Caminhos Verdes e Azuis, promovendo oficinas de pedagogia urbana junto à população”, afirmou.

Participaram da atividade o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista; o coordenador especial de Políticas sobre Drogas, Erasmo Teka Lenz César; além de técnicos do Ipplan Fortaleza, das secretarias municipais de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), da Secretaria Executiva Regional 5, da Agência de Desenvolvimento da Economia do Mar de Fortaleza (Ademfor), da Ecofor Ambiental, do Movimento Fortaleza Limpa e do Re-ciclo.

Ecobarreira, análise da água e coleta de lixo

A ecobarreira atravessa o riacho de uma margem à outra para reter todo o material carreado pelas águas que se acumula no leito e nas margens dos rios até, em algum momento, chegar ao mar. O equipamento flutuante também vai ajudar a fornecer dados sobre tipos de resíduos despejados, o que orientará futuras estratégias para recuperação do riacho.

Durante a ação, foram realizados dois testes de qualidade da água, comparando seu estado antes e depois da instalação da ecobarreira. Houve, ainda, distribuição de mudas em troca de materiais recicláveis. "É mais uma iniciativa louvável da Prefeitura de Fortaleza para ampliar a conscientização da população para a necessidade de manter limpos os recursos hídricos da nossa cidade", destacou a titular da Seuma, Luciana Lobo.

Em relação à coleta de lixo, somente no dia da ação, foram recolhidos 600 litros de resíduos, que foram separados e entregues à equipe do Re-ciclo. 

Caminhos Verdes e Azuis

O projeto Caminhos Verdes e Azuis é uma intervenção urbana, ambiental e social de alta qualidade no espaço público, inicialmente em riacho no Grande Bom Jardim, contemplando pedagogia urbana, soluções baseadas na natureza e geração de dados para medir e avaliar o impacto das transformações, considerando as perspectivas de gênero e idade.

O trecho selecionado para a iniciativa é um piloto. Espera-se expandir as metodologias do projeto para outros cursos d’água na Capital. Fortaleza possui, ao todo, 37 km de rios canalizados.

De 05 a 07 de junho, o Ipplan Fortaleza participou de uma série de reuniões acerca do projeto. Os encontros reuniram membros do Instituto, da Cooperação Brasil-Alemanha GIZ, das consultorias GOPA Worldwide e Grupo MYR e de outras entidades envolvidas na iniciativa, além de moradores.

Estefanie reside no entorno da localidade e participou de alguns momentos. Ela ressaltou a importância do projeto para toda a comunidade. “Esse projeto vem com um sonho. Quem mora dentro da comunidade, sabe que é muito importante. É um sonho poder dar um lazer para as nossas crianças, mais qualidade de vida, e possibilitar empreendimento para as mulheres da comunidade”.

O Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) passa a se chamar Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza (Ipplan Fortaleza). A alteração de nome e acrônimo consta na Lei Complementar nº 0399, sancionada em maio pelo prefeito José Sarto e iniciada ainda pelo vice-prefeito Élcio Batista quando esteve à frente do órgão, acompanha uma série de mudanças no Instituto, incluindo uma nova marca e um novo endereço. Em breve, o órgão terá sua sede localizada no Parque da Liberdade (Cidade da Criança), no Centro da Capital.

“O termo ‘Pesquisa’ foi incluído ao nome do Instituto para reforçar uma de nossas importantes atividades. É por meio de pesquisa e da avaliação contínua de projetos, orientada por dados, que apoiamos diversas políticas públicas municipais”, afirma a presidenta do Ipplan Fortaleza, Larissa Menescal.

Ela ressalta, ainda, que a alteração também foi uma oportunidade para a construção de uma nova marca. “Era preciso que essa identidade comunicasse o foco do trabalho desenvolvido no Ipplan: o cidadão, as pessoas. Então, o ícone da marca passou da alusão a prédios e a gráficos para uma representação mais humana, incorporando com mais evidência nosso propósito de transformação urbana inclusiva e sustentável”, explica. 

Segundo Larissa, a nova identidade coloca a dimensão humana no centro, mas sem deixar de contemplar a dimensão construída e a paisagem urbana. “Chegamos a uma proposta na qual fortalecemos os nossos pilares de dados, de planejamento e, principalmente, de governança."

Desigual Lab

A Lei Complementar nº 0399 traz outras atualizações para o Instituto. O texto inclui, por exemplo, o Laboratório de Avaliação Experimental de Políticas Públicas para Redução das Desigualdades (Desigual Lab) às competências do Ipplan Fortaleza, e substitui nomenclaturas da estrutura interna. A Superintendência e a Superintendência Adjunta passam, agora, a denominar-se Presidência e Vice-presidência.

Rede Brasileira de Institutos de Planejamento

O documento também reconhece a atuação do Ipplan junto a outras instituições locais, nacionais e internacionais, a fim de concretizar objetivos e interesses comuns de cooperação interinstitucional, como a pactuação de agendas para o desenvolvimento urbano sustentável e a troca de conhecimentos, tecnologias, metodologias e bases de dados.

Um exemplo dessa conexão é o protagonismo na Rede Brasileira de Institutos de Planejamento (InREDE), na qual o Ipplan Fortaleza ocupa a presidência. A InREDE tem representação nas cinco regiões do País e tem apoio da Cooperação Brasil-Alemanha GIZ, do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) e do Ministério das Cidades.

O objetivo da rede é fortalecer o planejamento estratégico nas cidades brasileiras e seu papel nas ações estratégicas de enfrentamento à crise climática.

Concurso

A realização do concurso público é outra iniciativa da gestão para o fortalecimento institucional da autarquia. O certame está em curso e prevê a contratação de 60 analistas de Planejamento e Inovação Urbana. Confira o cronograma.